(Willian Law era membro da Primeira Presidência)
Por Grant H. Palmer
Texto traduzido e adaptado de MormonThink
William Law nasceu na Irlanda do Norte em 1809 e sua família migrou para o oeste da Pensilvânia cerca de dez anos depois. William migrou para o Canadá, perto de Toronto, onde conheceu e se casou com Jane. Eles se uniram à Igreja SUD em 1836 em Toronto, e então se mudaram para Nauvoo em 1839.
Em janeiro de 1841, William foi elevado à Primeira Presidência da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, como Segundo Conselheiro de Joseph Smith. Ele assim serviu até janeiro de 1844, e em abril, ele e Jane foram excomungados da igreja.
A família Law deixou Nauvoo em meados de junho de 1844 e nunca mais voltaram. Passaram seus últimos 40 anos em Apple River, Illinois, e Shullsburg, Wisconsin, onde ele trabalhou como um médico. Ele morreu em 1892. Minha pesquisa indica que William teve a reputação de ser um "bom homem" durante toda a sua vida, embora às vezes ele parecesse um pouco orgulhoso. 1
Na minha opinião, William Law é a pessoa mais confiável e importante que já deixou a Primeira Presidência da Igreja SUD. Neste artigo examino três pontos fundamentais que contribuíram para a saída de William e Jane Law da igreja de Nauvoo em 1844.
I. Eles saíram porque Joseph Smith ordenou a morte de seus inimigos
Em 27 de junho de 1844, o dia em que Joseph Smith foi morto, William Law registrou em seu diário:
"Ele [Smith] era sem escrúpulos. A vida de nenhum homem estava a salvo se ele estivesse disposto a odiá-lo. Ele desafiou as leis de Deus e dos homens." 2
Law se refere nesta passagem tanto à tentativa de assassinato contra ele próprio e contra outros. 3 Por exemplo, os Laws acreditavam que Joseph Smith desempenhara um papel vital na tentativa de assassinato de Lilburn W. Boggs.
Em 06 de maio de 1842, um pistoleiro disparou contra o ex-governador do Missouri, Lilburn W. Boggs através de uma janela em sua residência em Independence, Missouri. Duas balas penetraram sua cabeça e uma terceira alojou-se em seu corpo. Milagrosamente, ele sobreviveu.
Quase imediatamente, houve a suspeita de envolvimento de Joseph Smith. O governador de Illinois, Thomas Carlin, escreveu uma carta a Smith dizendo que era de conhecimento comum que ele
"tinha profetizado que Boggs teria uma morte violenta." 4
John C. Bennett, um assistente da Primeira Presidência da Igreja na época, também escreveu:
"Em 1841, Joe previu ou profetizou em uma congregação pública em Nauvoo, que Lilburn W. Boggs, ex-governador do Missouri, deveria morrer por mãos violentas dentro de um ano." 5
George M. Hinkle, em uma carta de junho, a Smith, acrescentou:
"Negar ter profetizado a morte violenta de Boggs não mudará nada, muitas pessoas ouviram-no [,] inclusive eu." 6
Pouco antes da tentativa de assassinato do ex-governador, John C. Bennett disse:
"Eu estava então com certa intimidade com Jo[s]e[ph] Smith, e perguntei-lhe onde [Porter] Rockwell tinha ido. ‘Ele foi’ disse ele, 'foi cumprir a profecia’."7
O Segundo Conselheiro na Primeira Presidência da Igreja, William Law, disse que Joseph tinha, pessoalmente, dito que havia enviado Rockwell para assassinar Boggs. Law declarou:
"Deixe-me contar-lhe que Joe Smith faloupara mim sobre o fato. As palavras foram substancialmente essas: 'Eu mandei Rockwell matar Boggs, mas ele errou. Foi um fracasso. Ele feriu-o ao invés de enviá-lo para o inferno’." 8
Assim, dois membros intimamente associados a Smith, na Primeira Presidência da Igreja, relataram suas conversas em primeira mão com Smith sobre o assassinato de Boggs.
Joseph H. Jackson alegou ter sido contratado por Joseph Smith para terminar o que Rockwell não conseguira fazer. Jackson chegou a Nauvoo vindo da Geórgia e Joseph Smith o conheceu em 19 de maio de 1843. Ele trazia consigo um passado bastante sórdido, mas Smith, deu-lhe um emprego de vendedor de loteamentos com comissão 9
De acordo com Jackson, Smith disse
"que eu era justamente o homem que ele queria."
Jackson, então, disse a Smith que ele
"poderia liberar O.P. Rockwell, que na época estava confinado na prisão no Missouri, pelo atentado contra a vida do governador Boggs. 'Bem', disse ele, 'se você libertar Porter e matar o velho Boggs, eu lhe darei três mil dólares’." 10
Vários dias depois ele, e Smith deram um passeio na pradaria, e
"Todo o caminho de ida e volta, ele me pressionou para matar Boggs, e disse que iria me pagar bem por isso... Todo o tempo ele estava incitando o assassinato de Boggs, insistindo que era a vontade de Deus, e em nome de Deus ele me ofereceu uma recompensa pelo sangue dele. Isso tudo foi feito com um ar de seriedade hipócrita, e com um olhar de inocência, que faria com que alguém quase acreditasse que o Profeta realmente pensava estar agindo sob o comando do céu. Fiquei totalmente surpreso ao ver este homem inventar os planos mais infernais para assassinato e vingança, e ainda, com obstinação, insistir que era reto aos olhos de Deus." 11
Concordando com a oferta, Jackson foi para Independence, Missouri, onde ele visitou Rockwell. 12 No entanto, havia
"tantos na prisão, neste momento, que eu não tive oportunidade de conversar com ele."
Jackson, em seguida, foi para a residência de Boggs em Independence, em seguida, retornou a Nauvoo e deu o seu relato ao profeta:
"Ele parecia feliz ao me ver, e me levou a uma sala privada, começando suas indagações sobre Porter Rockwell. Fixou os olhos firmemente em mim, enquanto eu relatava os acontecimentos, e me deixou continuar até por volta da metade sem interrupção, quando de repente ele exclamou. 'Oh! você matou o velho Boggs?’ ‘Não!’ disse que eu, ‘ele não estava em casa’.
“E assim foi o ocorrido, e com boa sorte, isso deu uma excelente desculpa. Joe parecia se arrepender muito disso, mas logo retornou para caso Rockwell, e profetizou ‘em nome do Senhor, que após passar pelo fogo ardente da tribulação no Missouri, ele voltaria para casa em segurança’...
“Conforme ele me desejou boa noite, pronunciou uma bênção de Deus sobre a minha cabeça, e disse nunca ter amado um estranho como a mim, e que havia confiado em mim para uma tarefa de maneira que ele jamais tinha feito antes a qualquer homem, mas disse que ‘você deve matar o velho Boggs e eu vos edificarei no mundo’." 13
Cerca de um mês depois, em 12 de julho de 1843, Joseph Smith recebeu uma revelação que aparentemente justificaria a ordem de assassinar Boggs. Em Doutrina e Convênios 132:49 e 19, estado: ".
“Pois eu sou o Senhor teu Deus...selo sobre ti tua exaltação e preparo-te um trono no reino de meu Pai...”
Há somente uma coisa poderia manter Smith longe do trono e "exaltação" com Deus, e isso é,
“...ele não cometerá assassinato, derramando sangue inocente; ...[e mais uma vez] e não cometerem assassinato, derramando sangue inocente...” (ver v. 19, grifo nosso).
Smith estaria tranquilo ao ordenar a Jackson que cometesse um assassinato, porque Boggs não era sangue inocente, mas era sangue culpado? 14
Boggs tinha expulsado os SUDs de Missouri, em 1838-1839, assim, talvez com a consciência limpa, Smith poderia ordenar a sua morte, pois para ele, não haveria consequências eternas de acordo com esta revelação. 15
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Notas:
1. Lyndon W. Cook, "William Law, Nauvoo Dissenter," BYU Studies 22 (Winter 1982): 47-72; also, Lyndon W. Cook, "'Brother Joseph Is Truly a Wonderful Man, He Is All We Could Wish a Prophet to Be' : Pre-1844 Letters of William Law," BYU Studies 20 (Winter 1980): 1-12.
2. William Law Nauvoo Diary, June 27, 1844, in William Law: Biographical Essay, Nauvoo Diary, Correspondence, Interview (Orem, UT: Grandin Book Co., 1994): 60.
3. Law said that after being excommunicated from the church on April 18, 1844, "They [Joseph and Hyrum] tried to get rid of me in different ways. One was by poisoning" (Interview of William Law, March 30, 1887, The Salt Lake Daily Tribune (July 31, 1887); Chauncey L. Higbee, in an Affidavit testified that Joseph H. Jackson said "that Joseph Smith of Nauvoo, had tried to hire him to murder ... William Law" (Warsaw [IL.] Signal, May 8, 1844); and by June 1, 1844, Law wrote, "Our lives are threatened and our steps watched by night and day" (William Law Nauvoo Diary, June 1, 1844, in William Law: Biographical Essay, Nauvoo Diary, Correspondence, Interview, 55).
4. The [Nauvoo] Wasp 1 (May 28, 1842): 4; Thomas Carlin Letter June 30, 1842, to Joseph Smith, cited in Dean C. Jessee, ed., The Papers of Joseph Smith: Volume 2, Journal, 1832-1842 (Salt Lake City: Deseret Book, 1992), 422-23.
5. Letter, John C. Bennett to the Editor, July 2, 1842, Sangamo [Springfield, IL.] Journal 10 (July 15, 1842). Bennett was excommunicated from the LDS church on June 18, 1842.
6. George M. Hinkle to Joseph Smith, June 12, 1842, Joseph Smith Collection, LDS Church History Library, SLC. Hinkle probably heard Smith's prediction of Boggs before 1841, because Hinkle left the church in 1839.
8. Interview of William Law, March 30, 1887, The Salt Lake Daily Tribune (July 31, 1887). After leaving Nauvoo, William and Jane were so embarrassed and humiliated they had been duped by Mormonism and Joseph Smith, that they said they would never give an oral interview about Mormonism. In 1887, however, William's son and Judge Tom prevailed upon his father to allow this one interview five years before his death. Although this interview is late, it is not likely that William's memory would be dimmed with time on such an important confession by Smith. William's concern and passion are evident in his statement. This quotation about Joseph Smith and Boggs is the very first thing that Law said in this interview, before any questions were even asked by Dr. William Wyl.
9. Claytons Secret Writings Uncovered: Extracts from the Diaries of Joseph Smith's Secretary William Clayton (Modern Microfilm: Salt Lake City, 1982): 42-43.
10. Joseph H. Jackson A Narrative of the Adventures and Experience of Joseph H. Jackson in Nauvoo (Warsaw [IL]: August 1844): 6.
12. Rockwell was arrested on March 5, 1843 in Independence, MO. and remained in jail until December 11, 1843. Alexander L. Baugh, "Boggs, Lilburn W.," Encyclopedia of Latter-day Saint History, Arnold K. Garr, Donald Q. Cannon, Richard O. Cowan, eds. (Salt Lake City: Deseret Book, 2000), 109.
13 Jackson, A Narrative of the Adventures, 7-9.
14. D&C 135:7, states five times in this verse that Joseph and Hyrum Smith were "innocent blood," emphasis in text.
15. One wonders if Brigham Young and other modern fundamentalist Mormons derived their belief from this revelation (D&C 132), that it's all right to order or approve of the murder of individuals or groups when they are no longer considered "innocent blood." In this same revelation, Emma's life is threatened if she does not comply (see v. 54).
Olha de onde saiu a história de deus ter mandado néfi matar labão...
ResponderExcluirWellington
ResponderExcluirDo Livro de Mórmon, ué....
1 Nefi 4
"5 E era noite; e eu fiz com que se escondessem fora das muralhas. E depois de se haverem eles escondido, eu, Néfi, penetrei sorrateiramente na cidade e dirigi-me à casa de Labão.
6 E fui aconduzido pelo Espírito, não bsabendo de antemão o que deveria fazer.
7 Não obstante, segui em frente e, chegando perto da casa de Labão, vi um homem que havia caído no chão, diante de mim, porque estava bêbado de vinho.
8 E aproximando-me dele, vi que era Labão.
9 E vi a sua aespada e tirei-a da bainha; e o punho era de ouro puro, trabalhado de modo admirável; e vi que sua lâmina era do mais precioso aço.
10 E aconteceu que fui acompelido pelo Espírito a matar Labão; mas disse em meu coração: Nunca fiz correr sangue humano. E contive-me; e desejei não ter de matá-lo.
11 E o Espírito disse-me outra vez: Eis que o aSenhor o entregou em tuas mãos. Sim, e eu sabia também que ele procurara tirar-me a vida e que não daria ouvidos aos mandamentos do Senhor; e também se bapoderara de nossos bens.
12 E aconteceu que o Espírito me disse outra vez: Mata-o, pois o Senhor entregou-o em tuas mãos.
13 Eis que o Senhor amata os biníquos, para que sejam cumpridos seus justos desígnios. cMelhor é que pereça um homem do que uma nação degenere e pereça na incredulidade.
...
17 E também sabia que o Senhor havia entregado Labão em minhas mãos por este motivo—para que eu pudesse obter os registros, de acordo com os seus mandamentos.
18 Obedeci, portanto, à voz do Espírito e peguei Labão pelos cabelos e cortei-lhe a cabeça com sua própria aespada."