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domingo, 5 de junho de 2011

Manual de Instruções - Quem não batizar

A Igreja SUD tem se tornando cada vez mais elitista e discriminatória. 

Indo na contramão de todas as religiões, que buscam  oferecer conforto espiritual e "regeneração" ou "esperança", os mórmons não se aproximam de cadeias e evitam contato com condenados. Na entrevista apra o batismo, inclusive, há uma aparente singela pergunta:

"Você já foi criminalmente condenado?"

Enquanto há ainda membros SUDs desavisados que defendem a existência de trabalho missionário em cadeias - pois não devem fazer acepção de pessoas -  os mórmons possuem em seu Manual de Instruções da Igreja (MI) regras muito bem definidas quanto aos presos e condenados.

Vejamos abaixo:

Trecho do Manual de Instruções - vol. 1, pág 145, item 16.3.14

"Pessoas que foram condenadas por crimes"

"Pessoas que foram condenadas por crimes e buscam o batismo pela primeira vez ou o batismo para readmissão na igreja, podem não serem batizadas e confirmadas até que cumpram suas sentenças. 

"Aquelas que foram condenadas por crimes de caráter imoral podem não serem batizadas e confirmadas até terem cumprido também os termos da liberdade condicional resultante da pena (a não ser que a Primeira Presidência conceda uma exceção).

"Elas são encorajadas a trabalharem próximas aos líderes do sacerdócio local e a fazerem todo o possível para se tornarem dignas do batismo e da confirmação.

"Missionários de tempo integral não [estão em missão] para ensinarem pessoas que estão em cadeias ou prisões.

"Uma pessoa que foi condenada por assassinato, ou que o confessou - mesmo que em sigilo, para um sacerdote - pode não ser batizada e confirmada, a não ser que a Primeria Presidência dê uma permissão.

"A requisição desta permissão deve conter todos os detalhes pertinentes conforme determinado durante entrevista pessoal pelo presidente de missão local (se a pessoa está para ser batizada pela primeira vez) ou pelo bispo (se for um ex-membro buscando readmissão).

"Como exposto aqui, assassinato não inclui atos policiais ou militares no cumprimento do dever. Aborto não é definido como assassinato para este propósito."


Comentários:

1 - Qual a relação entre ser batizado apenas após ter cumprido a pena a qual foi condenado? Ou mesmo após o cumprimento da pena, precisar ainda esperar por todo o período da condicional?

Quantos prisioneiros não são, atualmente, convertidos, batizados, e mudam totalmente suas vidas, seus princípios ainda dentro da prisão? É possível que uma pessoa o faça sem o batismo? Com certeza, mas por que negar o batismo à essas pessoas?

É possível pensar em uma resposta:

A igreja não em interesse em investir em pessoas que não dão retorno à ela. Estas seriam apenas números, mas não pagariam dízimo, não trabalhariam para angariar mais membros, não viveriam cumprido chamado após chamado e assim, teriam suas mentes totalmente ocupadas com a igreja. Isso daria tempo para que elas pensassem e analisassem cuidadosamente o que aprendem.
Não haveria, dessa forma, retenção de membros vindos da população carcerária, na igreja.

Caso houvesse, o preconceito enfrentado por essas pessoas, dentro da igreja, seria angustiante. Há vários posts neste blog sobre o racismo e como há discriminação dentro da igreja, e em relação a ex-detentos, a situação dificilmente seria diferente.

2 - Os missionários nem ao menos entram em prisões para pregarem sobre a igreja. É bem claro nas regras da igreja que eles estão na missão para pregar àqueles que "nunca pecaram". E que a igreja SUD atire a primeira pedra.

3 - Uma pessoa que confessou um crime, mesmo em sigilo, para um sacerdote, não poderá ser batizada. 

Esta frase viola todas as regras e princípios básicos de ética e confiança que se tem construído até hoje entre um líder eclesiástico e uma pessoa!

4 - A vida de um ser humano, após cometer um crime, não tem grande valia para a igreja SUD. Porém, após a morte das pessoas, há um frenesi para mandar seus nomes para os templos, para que assim sejam feitos os rituais por procuração.

Muitos mutirões eram feitos em cemitérios em busca de nomes, datas de nascimento e morte, assim como nomes eram pegos especialmente na igreja católica, para estes rituais póstumos.

Batismos para genocidas e assassinos em série foram realizados pela igreja SUD (veja AQUI), mas são negados para aqueles que estão vivos, foram condenados e estão cumprindo suas penas. 

Na realidade, a estes que a igreja mórmon é negada, são afortunados!

5 - Certamente o próprio fundador do mormonismo, Joseph Smith, que tantas vezes foi condenado e fugiu da prisão, hoje não seria batizado em sua própria igreja.




John Taylor, que passou parte de sua vida procurado por cometer poligamia, jamais poderia ser um profeta mórmon. Lembremos também de centenas de homens que, orgulhosamente, ostentavam sua condenação por poligamia.
Acima à direita: o presidente da igreja John Taylor, procurado pela justiça. Demais fotos, homens mórmons presos e condenados por praticarem a poligamia.




3 comentários:

  1. O engraçado é que, como disseste na primeira frase, isso vai totalmente contra a moral cristã que é a de ajudar ao próximo.

    Além do mais, com tanto burocracia assim, é mais fácil entrar para as outras igrejas "falsas" (já que essa é a única verdadeira).

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  2. Fui membro da Igreja, bispo Conselheiro de Estaca e tudo mais, porém afirmo que não é só a questão de pressos que os lideres da elite pisam na bola hoje em dia. O Manual de istrução que tenho aqui comigo ainda hoje,e cheio de falhas e de inspirado não tem nada.

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  3. F.Ribeiro

    O Manual de Instrução atual está na internet, em vários sites. E digo que, com certeza, não há nada mesmo de inspirado nesse manual ou nos manuais anteriores.

    Tudo está especificado, e não há pelo que orar. Também não há espaço para caridade...

    Abs

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