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By Ferramentas Blog

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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Caridade – Que só – nunca falha.

Contribuição - Texto de The Life

Sem dúvida, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias tem orgulho de mostrar ao mundo o quão solidária é com os membros e com a população em geral. Seja com o projeto “Mãos Que Ajudam”, sejam com os recursos humanitários oferecidos no caso de catástrofes, a Igreja não mede esforços para mostrar ao mundo que está aqui para ajudar, não importando a situação, local ou pessoa que necessite.
 
Mas existe muita coisa escondida embaixo dos tapetes, e que muitas, muitas pessoas desconhecem.
 
O que todos os membros da Igreja gostam de bradar com orgulho é sobre o Fundo financeiro da Igreja, acumulado pelas ofertas de Jejum doadas pelos membros uma vez
por mês, e que em suma, seriam para ajudar os membros necessitados da Ala.  Na teoria, é uma coisa linda. Uma Igreja ajudando e se preocupando com os membros, deixando um fundo reservado para qualquer eventualidade.
 
Na prática, tudo é diferente. E isso, porque essa ajuda tão espontânea não existe. Mesmo que a Igreja tenha todo o dinheiro do mundo, a parte que pode ser usada para ajuda dos membros da Ala é única e exclusivamente originada do dinheiro arrecadado pelas ofertas de Jejum. Considerando que uma Ala tenha no mínimo 60 pessoas, e todo mês os membros doam ofertas de Jejum, o dinheiro não é tão ruim assim. Ainda mais se for analisado o fato de que não é sempre que algum membro precisa de ajuda. Resumindo: O dinheiro, mesmo que pouco, vai se acumulando mês a mês.
Como secretário da Ala, aprendi algumas coisas em relação a essa ajuda.

Primeiro: A Igreja “Não pode” ajudar quem não paga o dízimo, ou que porventura, esteja com algum mês naquele ano, atrasado. Dízimo é um mandamento e se uma pessoa
não está pagando, não está cumprindo os mandamentos. Se não está cumprindo os mandamentos, não pode receber ajuda até que regularize sua situação. Pessoas que acreditam que a Igreja ajuda em qualquer situação não precisam se esforçar muito para tirar a prova de que existe uma grande burocracia na Igreja. Ela precisa apenas ficar um mês sem pagar o dízimo e tirar suas conclusões.

Segundo: A ajuda da Igreja pode até vir, mas nos treinamentos dados aos lideres é dito que a Igreja só ajuda em casos extremos. Ou seja: Se uma família precisa de dinheiro pra pagar uma conta de luz, ou qualquer coisa que seja, é primeiro contatado os parentes, para ver se eles tem uma renda extra para ajudar. Falando no bom português, é dito que a pessoa só receberá auxílio se todos os recursos se esgotarem. São eles: família, amigos e comunidade (ao que parece, os membros que tanto fazem pela Igreja, que inclusive limpam a capela todos os fins de semana, são jogados a mercê dos amigos, parentes e vizinhos. Em outras palavras, os vizinhos e pessoas que não são membros, e que inclusive são chamados de “Pessoas do mundo” tem mais obrigação com eles do que a própria Igreja. Lamentável). 

Terceiro: Antes da Igreja abrir os bolsos, é feito uma ANR (Análise de Necessidades e Recursos). O bispo faz uma visita na casa da pessoa que está necessitando e averigua
tudo o que está faltando. Além disso, é feita uma espécie de entrevista com o membro, no qual ele é questionado sobre o que fará para reverter essa situação para que a Igreja não
precise ajudar no próximo mês. É perguntado de forma sútil, mas salientando bem que ele PRECISA reverter essa situação. E logo.

Algumas pessoas ficam embaraçadas nessa parte. Isso se dá pelo motivo de que muitas delas ficam desconfortáveis em pedir ajuda para parentes e amigos e mais embaraçadas ainda porque quem liga para essas pessoas pedindo ajuda, geralmente é o bispo.

Quarto: O bispo foi até a casa do membro, constatou que ele realmente não tem recursos, que ninguém da família ou nenhum amigo pode ajudar e que o jeito é a Igreja dar a assistência.

Fim do martírio? Fim da vergonha? 

Não, de maneira nenhuma. A Igreja, como é realmente esperta, oferece uma oportunidade do membro de receber ajuda e agradecer ao mesmo tempo. E como? Ela oferece trabalhos pequenos dentro da Igreja, geralmente os de manutenção. Isso não acontece em todas as capelas, mas não foi raro para mim ver todas essas coisas acontecendo em minha Ala. O membro se sente feliz por ter ajudado, recebe seu dinheiro “Humanitário” e a Igreja ganha o mérito de como “A instituição que mais ajuda hoje em dia em todos os setores mundiais.”

A ajuda, que deveria ser simples como respirar, considerando que a Igreja TEM RECURSOS DE SOBRA , é na verdade uma vergonha para o que necessita. Ele é bombardeado de perguntas e vítima de situações constrangedoras para conseguir o auxílio desejado. São pessoas. Com problemas pessoais, mas que sempre os deixam de lado para fazer o que é necessário para a Igreja. Largam seus afazerem em casa para limpar a capela,
deixam de descansar pra preparar a aula de domingo, e se por acaso não fizerem, vão lhes tirar o que mais desejam – a idéia de família eterna. O mínimo que poderiam receber, o mínimo que a Igreja tem obrigação de cumprir é dar dignidade para aqueles que tanto derramam suor em prol do evangelho Mórmon.

É necessário que uma pessoa se humilhe tanto para receber uma cesta básica? É necessário que a pessoa tenha que se esgotar para ter uma conta de luz paga? Quando se trata de uma Igreja verdadeira, portadora do poder de Deus na terra, essas são atitudes corretas?

Para alguns, a frase de que “A caridade nunca falha”  continuará sendo defendida e aceita como verdadeira.

A caridade da Igreja SUD nunca falha mesmo.

Até o dia em que precisarem de ajuda.

11 comentários:

  1. Fico feliz que tenha postado meu texto, Investigadora! Esse é mais um assunto que eu tenho conhecimento, porque estive dentro do Bispado por sete meses, enquanto exercia o chamado de secretário.
    Ainda tem muitas coisas que passam dentro daquela salinha, que poucos conhecem.

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    1. Caro The Life

      Infelizmente só encontrei seu texto no dia 9 de agosto! Meu email estava com muitos spams e eu, felizmente, costumo verificar todos os títulos antes de deletá-los. E isso toma tempo...

      Agradeço muito sua contribuição. Seus textos são ricos e falam de assuntos que mulheres não tem acesso, a não ser por fofocas de seus maridos, e isso geralmetne vem distorcido.

      Sinta-se à vontade para contribuir. E se desejar, em algum momento, que eu publique seu nome, por favor, me avise, e mudarei o autor do texto.

      Obrigada novamente.

      Abs

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  2. Na prática e assim , mas tem sua exceções , se você é amigo muito próximo do bispo ou do presidente da estaca, tudo fica mais fácil, "Entende".

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    1. FALUZ

      Com certeza, quando se tem parentesco ou MUITA amizade com as pessoas certas dentro da igreja, tudo é diferente. É um esquema de corrupção velado - e às vezes nem tanto!

      Abs

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  3. Engraçado, não tenho parentesco, não sou dizimista integral, e quando precisei a igreja me ajudou, interessante né?!

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    1. Bom...você é homem, que por si só já é metade do caminho andado.

      A igreja já ajudou um marido que deixou a família em estado de penúria, mas se negou a ajudar a esposa com os filhos, que nõa recebia pensão do canalha por pura sonegação dele (ele é autônomo) porque ela nào é dizimista integral.

      Detalhe básico: ele é conselheiro do Bispo, e já passou até uma noite na cadeia por falcatruas. E foi candidato a vereador na cidade de SP. Felizmente nào conseguiu o mínimo do mínimo de votos!

      Continua como conselheiro do Bispo, tendo seu aluguel e despesas básicas pagas pela igreja. A esposa está à míngua.

      Gostou da historinha?

      Interessante, né?

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  4. Tenho certeza que vocês não publicarão, mais só tenho uma coisa a dizer, arrepende-te!!! ou a Vara da Ira do Senhor( entenda não é maldição só estou repetindo escritura) cairá em ti, tenho meus pecados e sei que pagarei por cada um deles se não me arrepender, mais nunca jamais negarei o testemunho que tenho dessa obra maravilhosa, que tanta gente baixa como você tenta derrubar, mais com tanta mesquinhez não consegue, não faz nem cosquinha na igreja, tenho muita dó de pessoas como vc!! ah e baixa, mesquinhez, não são palavras de baixo calão!!

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    1. Mais um caso de analfabetismo funcional, nesse caso também não sabe interpretar o que ele mesmo escreve, e ainda piora tentando se desculpar pelas pragas e maldições tentando colocar a culpa nas "escrituras".

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    2. Juliane

      Baixa e mesquinhez são palavras de pessoas baixas, não de baixo calão...

      Aliás, releia todo seu comentário, cheio de ódio (se você acha que não repete uma maldição, você não entendeu o que leu e escreceu) e verá do que está cheio o seu coração.

      Novamente: seu comentário fala muito mais sobre você do que sobre mim... E nesses momentos, como fico feliz de estar beeeeeeeeeem longe de pessoas como você, com estes valores e princípios que tanto aparecem aqui, por parte de vocês.

      Por favor, pare de ler este blog e NUNCA MAIS volte aqui!

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  5. por que tanta ira contra o senhor
    quantas coisas absurdas .....mas nós membros da igreja de jesus cristo dos santos dos últimos dias somos firmes na fé sabemos a verdade através de nossos corações
    cremos em deus,... sabemos também q sempre Havera pessoas nos confundindo mas NOSSA FÉ É MAIOR Q TODAS ESSAS COISAS

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    1. Alexandre

      Eu sei a verdade estudando, usando a lógica e o bom senso. NUNCA pelos meus sentimentos. Mas boa sorte, da próxima vez que for procurar um médico, busque um que saiba tratá-lo pelo que ele sente, e que NUNCA tenha feito medicina, ok?

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