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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

LIVRO DE MÓRMON - Ezequiel 37 Prediz o Livro de Mórmon?


PREVISÃO DO LIVRO DE MÓRMON?

De acordo com a Igreja mórmon, Ezequiel 37:16-17 prediz a vinda do Livro de Mórmon:

“Tu, pois, ó filho do homem, toma um pau, e escreve nele: Por Judá e pelos filhos de Israel, seus companheiros. Depois toma outro pau, e escreve nele: Por José, vara de Efraim, e por toda a casa de Israel, seus companheiros; e ajunta um ao outro, para que se unam, e se tornem um só na tua mão.”

A igreja SUD reivindica que as “varas” ou “paus” mencionados nesta passagem eram rolos de papel que antigamente eram enrolados ao redor das varas. 

Eles dizem então que a “vara de Judá” significa a Bíblia, e a “vara de José” significa o Livro de Mórmon. As duas varas mencionadas simbolizavam então a vinda da Bíblia e do Livro de mórmon juntos, formando as escrituras sagradas.
 
Porém, um cuidadoso exame desta passagem revela sérios problemas com esta interpretação. Em primeiro lugar, na Bíblia hebraica (o Velho Testamento) a palavra “vara” sempre é traduzida por madeira e nunca rolo de papel ou livro. 

Então, nada nestes versos sugestiona um livro ou rolo de papel como alegam os mórmons.
 
Segundo, a interpretação da Igreja mórmon ignora o fundo histórico da mensagem de Ezequiel. 

Nos tempos do profeta Ezequiel (6º século a.C.), a nação de Israel estava em grande tumulto. Desde então, logo após o tempo de Salomão, o reino de Israel foi dividido em dois: reino do sul e reino do norte (figura abaixo).



A Assíria levou cativa as dez tribos do norte, chamado de Israel, e as duas tribos sulistas (o Reino de Judá), foram levadas em cativeiro pelos babilônicos (606–583 a.C.). 

A apostasia das pessoas em relação à aliança de Deus tinha deixado escasso os crentes que fossem realmente servos fiéis. Parecia que as promessas de Deus haviam falhado. Este é o assunto do capítulo 37.

O conteúdo do livro do profeta Ezequiel pode ser dividido em duas grandes seções: 

- a primeira é composta pelas visões recebidas, em sua maioria, antes da queda de Jerusalém em 586 a.C. (capítulos 1:1 a 33:20), 

- a segunda compreende as visões tidas já no próprio contexto do cativeiro babilônico (capítulos 33:21 a 48:35). 

Nesta última seção aparecem várias visões que tratam especificamente da restauração de Israel e Judá, dentre as quais se destaca a do vale de ossos secos de Ezequiel 37:1-14. O relato da visão compreende a descrição da cena, de natureza metafórica (versos 1-10), e a interpretação soteriológica (versos 11-14).

Em Ezequiel 37, os ossos “sequíssimos” espalhados pelo vale representam a desesperada condição em que se encontrava “toda a casa de Israel” durante o exílio (verso 11), devido ao longo processo de apostasia e morte espiritual (ver Sl 32:1-4). 
A restauração de Israel dessa condição é descrita na visão como se processando em duas etapas semelhantes às da criação original da raça humana (ver Gn 2:7). 
Primeiro ocorre a formação dos corpos (Ez 37:7 e 8), para depois serem estes vivificados pela poderosa atuação do Espírito de Deus (versos 9 e 10). 
A revificação dos ossos secos simbolizava a restauração espiritual e política de Israel como nação, que ocorreria se os israelitas se submetessem completamente aos propósitos divinos. 
Nos versos 15 à 22, Deus promete uma restauração futura para a nação inteira. Ele também anuncia que algum dia o reino do norte, chamado de “José” e o reino do sul, chamado “Judá,” seriam mais uma vez unidos em um só.

Está aqui o significado das “varas”. No verso 16 de Ezequiel é dito ao profeta que escreva em uma vara “para Judá, e para os filhos de Israel e seus companheiros.” Esta primeira vara representou o reino sulista, ou “Judá”. 

Em uma segunda vara, ou pedaço de madeira (pau), Ezequiel escreveu para “Jose, a vara de Efraim”, e para toda a casa de Israel e seus companheiros. Isto representa o reino do norte, também chamado de Israel.
 
Deus manda então Ezequiel no verso 17, unir as duas varas para se tornarem uma só nas mãos de Ezequiel. 

Fazendo assim, Deus está dizendo que Ele devolverá e unirá novamente aqueles que foram dizimados e divididos da casa de Israel. Este é o real significado das duas varas, e está declarado mui explicitamente nos versos 21-22.
Uma vez que o povo não correspondeu com as expectativas divinas (ver Mt 23:37 e 38; Jo 1:11; At 7), a visão não obteve seu pleno cumprimento com a nação de Israel, e precisa ser agora reinterpretada à luz do novo Israel, ou seja, da Igreja (I Pe 2:9).

CONCLUSÃO:

A profecia de Ezequiel 37:16-17 tem um contexto histórico específico. É uma predição da união futura dos filhos de Israel que foram dispersos e nada mais. 

A tentativa da Igreja mórmon fazer desta passagem uma predição relativa ao Livro de mórmon viola o contexto histórico e gramatical da passagem. É uma interpretação forçada e enganadora que fazem com o fito de dar base bíblica ao livro de Joseph Smith.

Texto adaptado da tradu
ção de Paulo Cristiano da Silva 

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4 comentários:

  1. Muito bom investigadora,o meu próprio pai quando decidi sair da igreja me mostrou essa escritura e mesmo sem saber deste contexto histórico por falta de interesse de buscar,claramente ja sabia,que os mórmons puxaram a escritura e interpretaram-a de sua própria maneira,como fazem praticamente com grande parte da biblia,por isso não tive interesse,mas esse post me esclareceu o que eu ainda não tinha buscado!

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  2. gostei de como vc é sabia
    de como vc fala bem e conhece a igreja mormon!!
    vc conhecer por vc msm ou pelo espirito santo?

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  3. Luan

    Conheço pelo estudo diligente, por comparações e por traduções que faço há mais de um ano. Além, é claro, dos 12 anos que passei dentro da igreja como professora, etc

    Abs

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