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terça-feira, 3 de agosto de 2010

O LIVRO DE ABRAÃO - lacunas no facsímile no 1


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LACUNAS NO FACSIMILE NO. 1

Traduzido e adaptado de MormonThink

Em 1966, um pesquisador da Universidade de Utah, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York fez uma surpreendente descoberta nos arquivos do museu.

Enquanto estudava uma coleção de fragmentos de rolos de papiros egípcios, ele reconheceu uma das ilustrações de um dos fragmentos como quase idênticos ao "Facsimile 1 que aparece no livro de Abraão”. 

Outras investigações revelaram o que ele suspeitava - estes eram, de fato, alguns dos fragmentos do papiro original que foram comprados pela igreja SUD em 1835. Em 1967, o Museu presenteou a igreja SUD com estes papiros.

A própria Igreja fez um pouco do trabalho investigativo ao comparar os estudos modernos da egiptologia com as reivindicações de Joseph Smith sobre seu trabalho de tradução do Livro de Abraão. Mas quando se tornou óbvio que os resultados seriam muito desconfortáveis para a Igreja, este trabalho ficou extremamente lento. Investigadores externos à igreja finalmente obtiveram cópias adequadas do material e começaram a publicar seus próprios resultados.

A linha básica das investigações de todos foi uma das secções do papiro com a escrita egípcia clara, a partir da qual Smith alegou que "traduziu" o livro de Abraão. 

Existiam também cópias manuscritas do trabalho de tradução original que continha os hieróglifos egípcios individualizados na margem esquerda da página, com a tradução para o inglês ao lado deles. 

Essas cópias manuscritas foram feitas pelos escribas regulares de Smith, que o ajudavam em seu trabalho. 

Os desenhos egípcios são claramente vistos em uma parte de uma das seções do papiro recuperado, exatamente na mesma ordem em que aparecem nas páginas "manuscritas" da tradução.

Porém, erudito após erudito, tanto dentro como fora da Igreja mórmon, declararam que não havia absolutamente qualquer conexão entre o texto do Livro de Abraão e o conteúdo dos documentos egípcios. Os papiros foram claramente identificados por todos como exemplos de documentos "funerários" comuns do Egito antigo.

A parte usada por Smith foi de um documento chamado Livro das Respirações (Book of Breathings). Ele continha o nome específico do indivíduo falecido para o qual o livro havia sido preparado, e acompanharia essa pessoa no seu enterro para proporcionar-lhe orientações para a vida após a morte. O objetivo do livro era ensinar certas "mágicas" que o falecido precisaria usar na outra vida para aprender a "respirar" novamente.

Outros fragmentos de papiro da coleção eram do Livro Egípcio dos Mortos (figura acima), uma coleção de escritos mais antigos, mas com propósito semelhante. 

O Livro das Respirações era, portanto, uma versão abreviada e atualizada do Livro dos Mortos, usado nas eras posteriores da história egípcia. De fato, o papiro usado por Smith a partir do qual "deriva" o Livro de Abraão foi datado pelos estudiosos como sendo do período do século I dC - cerca de 2.000 anos depois da época de Abraão.

Quando o papiro foi recuperado em 1966, algo mais foi descoberto - o original, que Smith tinha usado, possuía lacunas, incluindo partes da imagem do Facsímile 1.  Smith tinha, obviamente, pedido a um artista – ou ele mesmo – que "preenchesse" os dados que faltavam, de acordo com suas próprias especulações.

Abaixo está uma foto dos fragmentos reais do papiro. Pode ser visto claramente quais as porções foram "reconstruídas" para a publicação dos escritos mórmons. O papiro foi obviamente colado a um pesado suporte de papel quando estava na posse de Smith (o verso do papel do suporte tinha um mapa da Kirtland, Ohio, e desenhos arquitetônicos de um templo), e um esboço bruto é óbvio nas áreas que faltam na ilustração original.
Compare os detalhes do papiro original e do Facsímile editado:



De acordo com um profissional de reconstrução de papiros, o Facsímile n º 1 devia ser semelhante à figura abaixo (Charles Larson, By His Own Hand Upon Papyrus, p. 65).





Outras figuras encontradas de Anúbis, ao "preparar" o morto para a vida eterna – veja as semelhanças abaixo:



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