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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

FACSÍMILE No. 3


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FACSÍMILE No. 3 - significados

Traduzido e adaptado de Examining the Book of Abraham - Chapter 6 - by Kevin Mathie

O Livro de Abraão, como atualmente publicado, inicia-se com o Facsímile n º 1, seguido de um texto, com Facsímile n º 2 inserido no meio do texto, e termina com o Facsímile n º 3. Porém, no papiro original - A Autorização da Respiração de Hor – o desenho de abertura conhecido como Facsímile n º 1 é seguido por texto, e termina com o desenho conhecido como Facsímile n º 3. O Facsímile n º 2 nunca fez parte deste livro, embora suas origens e a interpretação serão abordadas mais tarde.

Por enquanto, o Facsímile  n º 3 foi será estudado.  Sabe-se que este desenho é parte do mesmo rolo do Facsímile 1, porque, como o primeiro, ele inclui o nome do falecido "Osíris Or" - veja abaixo:


Facsímile 1 - Or, o justo








 Facsímile 3 - Osíris Or, o justo











A porção final do papiro original foi perdida. Acredita-se que possivelmente algumas colunas de hieróglifos e o Facsímile 3 estariam nesta porção. Esta cena particular corresponderia ao capítulo 125 do antigo Livro dos Mortos dos egípcios e mostraria o falecido completando com sucesso sua jornada pós-vida.


Vejamos o Facsímile 3 e a comparação entre a interpretação de Joseph Smith e de egiptólogos:



Joseph Smith
Egyptologistas [7][8][9][10][11]
Comentário
geral
Abraão raciocina sobre os princípios da Astronomia, na corte do rei.

"Invocação (texto na linha inferior abaixo da ilustração): Ó deuses da necrópole, deuses das cavernas, deuses do sul, norte, oeste, leste, concedam salvação à Osiris Hor, o justo, nascido por Taikhibit". 1
1
Abraão sentado no trono do Faraó, por cortesia do rei, com uma coroa na cabeça representando o Sacerdócio como emblema da grande Presidência no Céu; na mão leva o cetro de justiça e juízo.

"A marca para Osiris (texto à direita da figura 1): Recitado por Osíris, o primeiro dos ocidentais, senhor de Abidos, o grande deus para todo o sempre."
*
2
O rei Faraó, cujo nome é dado nos caracteres acima de sua cabeça.

Esta figura não é apenas uma mulher ao invéz de um homem, mas é a deusa Isis, esposa de Osíris.  
O objeto em sua mão é provavelmente um ankh (desenhado ligeiramente incorreto), que é o símbolo da vida e ressurreição.

Nas palavras acima da Figura 2 lê-se: " Isis, a grande, a mãe de Deus" .2

3
Significa Abraão no Egito, como aparece também na figura 10 do fac-símile número 1.

Na realidade, esta é simplesmente uma mesa com bebidas presente em todos os desenhos com figuras importantes de deuses. Note que ela também é encontrada no facsímile n º 2, as figuras 2 e 3, que também são deuses.
4

Príncipe de Faraó, Rei do Egito, como escrito acima da mão.

Esta é uma mulher, e não um homem, e ela é a deusa Maat, a deusa da justiça - identificada pela pena em sua cabeça e a palavra acima de sua mão. Ela é a figura principal (figura 5) na presença de Osíris. No texto acima Maat lê-se: "Maat, a amante dos deuses" 3.
5
Sulem, um dos principais servos do rei, como representado pelos caracteres acima de sua mão.

Como já mencionado, este é realmente o morto, vestindo o tradicional cone de gordura perfumada e a flor de lótus na cabeça. Os números acima da sua mão identificam-no como "Osiris Hor, justo para sempre" 4
6
Olinla, escravo pertencente ao príncipe.
Abraão está arrazoando sobre os princípios da astronomia na corte do rei

Fiel ao seu ponto de vista do século 19, Joseph identificada a única pessoa negra no desenho como um escravo. No entanto, este personagem é Anubis, guia dos mortos, que está ali para auxiliar o falecido. Ele o ajuda a completar a jornada pós-vida, auxiliando-o no uso das magias que estavam contidos em seu livro do funeral.
O desenho de Reuben Hedlock não é muito bom, talvez por causa dos danos do papiro original, mas Anubis é sempre negro, e sempre tem uma cabeça de chacal – pode-se perceber a orelha de cachorro no topo de sua cabeça.  
Nas palavras acima de Anubis lê-se: "A recitação de Anubis, que protege, o primeiro da câmara de embalsamamento... 5
Acima

No antigo Egito, as estrelas eram consideradas almas dos falecidos. Parece claro que nesta representação, estamos entrando na vida após a morte, e nos reunindo às as almas que entraram antes de nós.

* As figuras de deuses da arte egípcia geralmente podem ser identificadas por seus cocares, bem como a escrita associada à figura. Claro que, às vezes apenas uma identificação visual pode ser um pouco complicada, pois os antigos egípcios tinham uma propensão para combinar os valores dos deuses, ou de mostrar o mesmo deus em diferentes aspectos. Mas, em geral, cada deus tem um cocar único que os identifica.

Neste caso, é óbvio que esta figura é Osiris, não só devido à escrita sobre ele, mas também devido à sua coroa Atef. A coroa Atef é uma combinação do "Hedjet" (a coroa branca do Alto Egito - figura 1 abaixo) e as penas vermelhas de Busíris, centro de culto de Osíris no Delta - figura 2 abaixo.


Figura 1                  Figura 2


O escrito acima da Figura de Osíris afirma: "Recitado por Osíris, o primeiro dos ocidentais, senhor de Abidos, o grande deus para todo o sempre." 6

Estátuas de Osíris e Ísis em exposição no ROM. Observe as coroas típicas nas duas estátuas.



Cena do Livro de Respirações de Ousirour, em exibição no Louvre. Foto cedida por Amberinsea.

Uma cena do julgamento do livro dos mortos de Hunefer, Dinastia XIX. Este papiro está em exposição no Museu Britânico. Atrás de Osíris estão representadas ísis e Néfitis
Olhando apenas as representações de Osíris e Ísis, em ambas as cenas, vemos duas figuras em posições e vestimentas praticamente idênticas. No fac-símile 3, você pode  ver uma fina linha representando o flagelo (nekhakha) de Osíris, junto ao braço de Isis. O cajado (hekat) de Osiris também é mostrado perto de seu rosto, que pode dar a impressão que é uma mão.
Com a cena do julgamento de Hunefer, é fácil ver as semelhanças óbvias entre as representações de Osíris em ambas as cenas ... mesmo os tronos são semelhantes. Ísis também fica em posição quase idêntica, desta vez com uma coroa diferente e com Néftis ao seu lado.

Stela egípcia de Djed-inhert-iuf-ankh, representando Osíris e Ísis, com roupas e posições quase idênticas.
Esta cena do julgamento é encontrada no sarcófago da múmia de Djedmaatesankh, um músico do templo de Amon-Rá, em Tebas, em exibição na ROM.



_________________
Notas:

1. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 177

2. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 176. Also corroborating the identification of "Figure 2" as Isis, see Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 145; also, Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 126

3. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 176. Also corroborating the identification of "Figure 4" as Maat, see Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 145; also, Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 126

4. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 176. Also corroborating the identification of "Figure 5" as the deceased, Hôr, see Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 145; also, Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 126

5. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 177. Also corroborating the identification of "Figure 6"as Anubis, see Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 145-146; also, Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 126


6. Robert K. Ritner, "'The Breathing Permit of Hor' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near East Studies, 62 no. 3 (Sept. 2003), p. 176. Also corroborating the identification of "Figure 1" as Osiris, see Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 145; also, Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 126 
  
7. Stenhouse, Thomas B. H. (1878), The Rocky Mountain Saints: A Full and Complete History of the Mormons, New York: D. Appleton and Company, http://books.google.com/?id=UEgOAAAAIAAJ&printsec=titlepage&dq=the+rocky+mountain+saints+a+full+and+complete+history+of+the+mormons
, pp. 510–519

8. Parker, Richard A (August 1968), "The Joseph Smith Papyri: A Preliminary Report", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, http://content.lib.utah.edu/cdm4/document.php?CISOROOT=/dialogue&CISOPTR=1659&REC=10, retrieved 2007-05-18 .p. 86
9. Gee, John (1991), Notes on the Sons of Horus, Provo, Utah: Foundation for Ancient Research and Mormon Studies .
10. Explanations in this table are based on the observations of Egyptologists Theodule Deveria, Rhodes, John Gee, and Parker as indicated in the subsequent references.
11. Ritner, Robert K (July 2003), "'The Breathing Permit of Hôr' Among the Joseph Smith Papyri", Journal of Near Eastern Studies . pp. 176–177



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