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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Segunda unção


A segunda unção é uma extensão da iniciatória.

Pode-se dizer, de fato, que a segunda unção completa a iniciatória: enquanto a iniciatória promete bênçãos futuras dependentes de fidelidade do iniciado, a segunda unção realmente dá as bênçãos.

Ao contrário da investidura ou do casamento no templo, a segunda unção não é considerada essencial para a salvação.


Relativamente poucos SUDs recebem a segunda unção. Na verdade, o rito é tão raramente mencionado que a maioria dos SUDs ao redor do globo provavelmente desconhecem que ela existe.

Autoridades Gerais SUD
Aparentemente, o ritual é administrado apenas às Autoridades Gerais e às suas esposas, bem como à outros casais cujas hierarquias sejam altas, em reconhecimento às suas extraordinárias fidelidade.

O esboço da segunda unção que aparece neste site é adaptado de uma descrição anônima usada por David John Buerger em seu livro, The Mysteries of Godlines. Essa descrição é compatível com os registros da segunda unção a partir do século XIX.

Para ler alguns exemplos da segunda unção, vá para a página de  Historical documents.


PRELIMINARES

A segunda unção é administrada somente aos casados, por recomendação de um membro da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze, e sob a direção do Presidente da Igreja.
Apenas a primeira parte da segunda unção - a unção em si - pode ser realizada de forma vicária para o morto.

Ordenaça do Lava-pés
Antes de um casal poder receber a segunda unção, o marido deve receber a ordenança do lava-pés, sob a direção do Presidente da Igreja. A lavagem de pés é administrada na sala Santo dos Santos (dentro do Templo de Salt Lake, em Utah), ou em uma sala de selamento separada para esse fim.1



PARTE I: UNÇÃO

Casal com a roupa do Sacerdócio
O ritual da unção é administrado no local Santo dos Santos, ou em um outra sala reservada para esse fim. O ritual é realizado pelo Presidente da Igreja, ou sob sua direção. Normalmente, duas testemunhas estão presentes.

Para este rito, marido e mulher usam as vestes do santo sacerdócio. Não é necessário para o oficiante o fazer.




Círculo de Oração

Círculo de oração no Templo SUD

O marido lidera um círculo de oração, usando a verdadeira ordem da oração ensinada na investidura.  Ele oferece os sinais dos símbolos do santo sacerdócio, e em seguida, reza no altar.



Unção do marido

Ordenação do marido
O oficiante unge a cabeça do marido com óleo. Ele, em seguida, coloca as mãos sobre a cabeça do marido e o ordena como um rei e sacerdote para o Deus Altíssimo, para reinar na casa de Israel para sempre. 2

O oficiante pronuncia bênçãos adicionais sobre o marido, conforme “inspiração”. 

Normalmente ele é abençoado com o Espírito Santo da promessa, com as bênçãos de Abraão, Isaque e Jacó, com o poder de ligar e desligar, de amaldiçoar e abençoar, com o poder para viver tanto tempo quanto a vida lhe for desejável, com o poder de abrir os céus, com o poder de alcançar a divindade, e de estar selado para a vida eterna.


Unção da Esposa

O oficiante unge a cabeça da mulher com o óleo.

O oficiante, em seguida, coloca as mãos sobre a cabeça da mulher e ordena-lhe como rainha e sacerdotisa de seu marido, para reinar com ele em seu reino para sempre.

O oficiante pronuncia bênçãos adicionais sobre a esposa conforme “inspiração”. Normalmente, ela é abençoada para viver tanto tempo quanto a vida lhe for desejável, para receber todas as bênçãos do sacerdócio eterno, para ser uma herdeira de todas as bênçãos seladas sobre seu marido, para ser levada à exaltação por seu marido, para ter anjos ministradores atendendo-a, para atingir a divindade, para ter posteridade sem fim, e para estar selada para a vida eterna.


Ordem

O casal recebe uma ordem, incluindo a de não divulgarem o fato de terem recebido a segunda unção. O casal é, então, ensinado como administrar a segunda parte da ordenança - o lava-pés - em preparação para o enterro do marido, que será realizado em sua própria casa.

A unção é registrado pela mão de um escrivão.

PARTE II: o lava-pés (preparação para o enterro)

O lava-pés em preparação para o sepultamento é realizado na casa do casal em um momento de sua própria escolha.3 Nesta parte do ritual, o próprio casal torna-se oficianate.


Dedicação

O marido dedica em casa uma sala em que realizará o ritual.4


Lavagem e unção para o sepultamento

A esposa lava e unge o marido de acordo com o padrão fornecido em João 12. Assim, o que a esposa faz é em memória ao que fez Maria.

O ritual é entendido para preparar o marido para o sepultamento e dar à esposa crédito para clamar ao marido na ressurreição5

Tendo autoridade6, a mulher pronuncia sobre o marido quaisquer bênçãos que ela sentir.

______________
NOTAS

  1. A lavagem dos pés aqui referida não deve ser confundida com a lavagem dos pés na preparação para o sepultamento que ocorre como parte da segunda unção em si.. A lavagem dos pés aqui referida é a ordenança descrita em DeC 88:138-141.

  1. Durante a iniciatória, o marido foi ungido, não ordenado, preparado para se tornar um rei e um sacerdote para governar e reinar na posteridade. Estas qualificações não estão presentes na segunda unção.

  1. Registros históricos indicam que alguns casais esperam anos após a sua unção antes de realizarem a segunda parte da ordenaça.

  1. A dedicação de uma casa é um ritual simples, que é comumente praticada pelos SUDs, além de segunda unção. O ritual consiste em uma oração invocando a bênção de Deus sobre a casa. Tradicionalmente, esta oração é oferecida por um portador do Sacerdócio, apesar de publicações recentes da Igreja afirmarem que este não precisa ser o caso. No contexto da segunda unção, a dedicação pelo marido parece consagrar a casa para fins sagrados, de forma semelhante à da dedicação do templo.

  1. Há várias coisas a serem consideradas para darem sentido a essa parte da segunda unção. Primeiro, o rito é aparentemente inspirado na história da mulher que ungiu Jesus em antecipação à sua morte. Esta história é encontrada em três dos quatro Evangelhos (Mateus 26:6-13, Marcos 14:3-9 e João 12:1-8. Uma história similar, embora distinta, aparece em Lucas 7:36-50). Apenas na versão de João, a história identifica a mulher como Maria de Betânia, irmã de Lázaro. Em outras versões da história, a mulher é anônima. Todas as três versões da história afirmam que a mulher unge Jesus para seu sepultamento. Na versão sintética da história (que se encontra em Mateus e Marcos), Jesus declara que o que a mulher fez será falado como um memorial para ela onde quer que o evangelho for pregado.

Os Evangelhos apresentam a mulher ungindo Jesus como um gesto profético que atesta sua morte iminente. A segunda unção leva este incidente como o padrão para um rito esotérico, através do qual uma mulher simbolicamente prepara seu marido para o enterro, garantindo assim sua posição como herdeira das bênçãos dele. Quando as autoridades SUD do século XIX pregaram que Jesus e Maria de Betânia eram marido e mulher, estavam sem dúvida lendo João 12:1-8 como uma descrição literal de segunda unção de Jesus (Os SUDs mais contemporâneos dizem, sobre estas declarações, que eram especulação e não doutrina).

A idéia de que a unção descrita nos Evangelhos seja uma ordenança para ser repetida por outros, provavelmente, nasceu da afirmação de Jesus sobre a mulher ser lembrada sempre que o evangelho fosse pregado. Talvez seja interessante notar que a única ordenança SUD falada como um memorial é o sacramento, que é tomado em lembrança do corpo e sangue de Cristo.

Embora esta porção da segunda unção esteja referida nos registros históricos como a lavagem e unção dos pés, os registros indicam que partes do corpo além dos pés também eram lavados e ungidos. Um registro fala da unção dos pés, cabeça e estômago. Outro fala da lavagem e unção "da cabeça aos pés". 

O rito seria, portanto, semelhante à iniciatória. O fato desse rito ser conhecido como o lava-pés é, provavelmente, devido ao fato de que os pés são o foco da história em João 12 (bem como em Lucas 7). Em João 12:3, Maria é descrita como ungindo os pés de Jesus e, em seguida, enxugando-os com seus cabelos.

  1. Note que esta é a mesma fórmula utilizada na iniciatória, onde as mulheres oficiam para outras mulheres. Aqui, a esposa oficia pelo marido na qualidade de sua rainha.

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