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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Batismo Mórmon tem como alvo Anne Frank – Mais uma vez


Texto traduzido e adaptado de THE HUFFINGTON POST
  
24 de fevereiro de 2012
 
Anne Frank , a menina judia cujo diário e morte em um campo de concentração nazista fez dela um símbolo do Holocausto, foi batizada postumamente por um membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, segundo a denunciante Helen Radkey, um ex-membro da igreja.

O ritual foi realizado em um templo Mórmon na República Dominicana, de acordo com Radkey, uma pesquisadora de Salt Lake City, que investiga tais incidentes que violam um pacto de 2010 entre a Igreja Mórmon e os líderes judeus.

Radkey disse ter descoberto que Annelies Marie "Anne" Frank, que morreu no campo da morte em Bergen Belsen em 1945 aos 15 anos, foi batizado por procuração, no sábado. Mórmons enviaram diferentes versões de seu nome pelo menos uma dúzia de vezes para os rituais vicários e estes foram realizados pelo menos nove vezes, entre 1989 a 1999.


Mas Radkey diz que esta é a primeira vez, em mais de uma década, que nome de Frank foi descoberto em uma base de dados que pode ser utilizado tanto para árvore genealógica quanto para enviar o nome de uma pessoa falecida para o batismo vicário - um processo separado, de acordo um porta-voz da igreja. O banco de dados está aberto apenas para os mórmons.

Uma captura de tela do banco de dados enviados por Radkey mostra que os rituais para Frank foram "concluídos" ao lado das categorias como "Batismo" e "Confirmação", com a data de 18 de fevereiro de 2012, e com o nome do Templo da República Dominicana de Santo Domingo (ver figura abaixo).

Rituais vicários realizados no templo mórmon em favor de Anne Frank.

Como o The Huffington Post relatou, batismos póstumas por procuração mórmons para as vítimas do Holocausto ou para judeus que não são descendentes diretos dos mórmons continuam acontecendo, apesar da igreja ter prometido parar de tais práticas.

As negociações entre os Mórmons e os líderes judeus levou a um acordo em 1995 em que a igreja pararia com o batismo póstumo de todos os judeus, exceto no caso de ancestrais diretos dos Mórmons. Porém Radkey diz ter descobrerto que alguns mórmons não aderiram ao acordo.

O nome de Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz, foi recentemente submetido ao site de genealogia e consta como"pronto" para o batismo vicário. Embora a igreja diga que o ritual é reservado apenas aos falecidos, Wiesel está vivo. Wiesel, um sobrevivente do Holocausto, estava entre um grupo de líderes judeus que fizeram campanha contra a prática e conseguiu o acordo de 2010, onde a Igreja Mórmon promete, pelo menos, evitar batismos vicários para vítimas do Holocausto.

Wiesel, na semana passada, chamou o candidato presidencial republicano e mórmon Mitt Romney, que foi um bispo mórmon e que já doou milhões para a igreja, para falar sobre a prática.

A campanha de Romney já havia se recusado a comentar e encaminhou o The Huffington Post para a Igreja SUD. O the HuffPost contactou um porta-voz da igreja na terça-feira para comentar sobre o assunto, mas não recebeu uma resposta imediata.

A descoberta de Radkey deste outro batismo póstumo de Frank foi logo após um pedido de desculpas da Igreja Mórmon na semana passada sobre os últimos batismos póstumos de pais do caçador de nazistas Simon Wiesenthal.

Radkey observou que o último batismo de Frank por procuração é especialmente notável, pois ela era uma adolescente solteira que não deixara descendentes. Funcionários mórmons têm enfatizado que os membros da igreja só deveriam apresentar os nomes de seus antepassados se seguirem os acordos.



"A segurança do processo de submissões nomes para os ritos póstumos deve ser questionado, tendo em vista a confusão de proeminentes nomes do Holocausto que recentemente apareceram nos arquivos dos templos Mórmons", Radkey disse sobre a sua mais recente descoberta. "Este apareceu direto, com o nome correto de Anne no seu banco de dados 'seguro'."


Radkey disse que espera uma vez que a as ordens sejam pronunciadas pelos oficiais da igreja, que os nomes sejam apagados dos seus registros, como fizeram com Wiesel e os pais do Weisenthal.

A Igreja Mórmon respondeu mais tarde, na terça-feira, em um comunicado através do porta-voz Michael Purdy, enviado para o The Huffington Post:



"A Igreja mantém a sua palavra e é absolutamente firme em seu compromisso de não aceitar os nomes das vítimas do Holocausto para o batismo vicário."




"Embora nenhum sistema seja infalível para prevenir os vários indivíduos que estão determinados a falsificar pedidos, estamos comprometidos a tomar medidas contra violadores individuais", diz a declaração.




"É lamentável quando um indivíduo deliberadamente viola a política da Igreja e algo que deveria ser compreendido como uma oferta baseada no amor e respeito, torna-se uma fonte de discórdia."


CORREÇÃO: Uma versão anterior desta história afirmou que o HuffPost relatou que a prática do batismo póstumo por procuração Mórmon continuou, apesar da igreja ter prometido parar. A referência mais correta é específica para incidentes de batismos procuração póstuma às vítimas do Holocausto ou judeus que não são descendentes diretos dos Mórmons, que a Igreja Mórmon prometeu parar.

7 comentários:

  1. Mais uma vez, os mórmons dão uma demonstração prática do "cremos em ser honestos"...

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  2. God Slayer

    Para que seguir regras? Afinal, como dizia Brigham Young, eles crem estarem acima de qualquer lei terrena!

    E nós que não somos confiáveis...

    Abs

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  3. Lamentável! Os mormons não respeitam a religiosidade das pessoas,batizam judeus,budistas,espiritas,ateus e até Raul Seixas que era seguidor assumido do bruxo Aliester crowey,como disse a Nefertiti!? ninguem escapa.

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  4. Olá Investigadora..
    Lamentável saber que a memória de toda uma vida acaba sendo desonrada com atitudes como esta. Parece até que tem um pouco de antesemitismo nisso... Vou explicar: os judeus sofreram durante séculos por apenas serem judeus. Muitas vezes a única opção era a conversão forçada ao Cristianismo. Pois se eles continuassem judeus não deveriam viver... E agora, depois de mortos, muita gente infelizmente ainda acha que precisam mudar de religião... Vergonha

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    1. Alexandre

      É exatamente essa a grande briga que os judeus tem com a igreja SUD. Milhões foram exterminados apenas por serem judeus, durante a segunda guerra, mas os mórmons os batizaram, e acham que estão certos.

      Segundo a liderança SUD, o nome desses judeus que morreram no holocausto foi retirado dos registros da igreja, mas muita briga foi necessária para isso. Mas esses e outros nomes de judeus e famosos continuam sendo enviados para o templo.

      Falta de respeito é pouco!

      Abs

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    2. Investigadora
      Eu não sei se você já pesquisou sobre a postura que a igreja SUD teve na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial em especial em relação a perseguição aos judeus. Pelo pouco que eu consegui descobrir é que a igreja na Alemanha apoiou a política nazista, não fazendo oposição alguma.
      O engraçado é que a igreja SUD se considera descendente das Tribos de Israel e que seus membros são Israelitas, quer seja pelo sangue ou por adoção através do batismo.
      Pelo jeito, ações de apoio aos judeus, se é que existiram alguma por parte da igreja SUD foram tímidas demais.
      Isto me incomodou muito pois meus antepassados eram judeus.
      Soube de várias igrejas que protestaram oficialmente contra a perseguição aos judeus na Segunda Guerra: os episcopais, as testemunhas de Jeová, os anglicanos.
      Acho um tema interessante de pesquisa. Vai dar uma boa discussão.
      Fica a dica ok??
      Abs

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  5. Alexandre

    Eu já li várias coisas sobre isso, e você está correto. A igreja apoiava o regime nazista, pois proclamava que deveria apoiar as leis do país. Inclusive, houve um membro SUD alemão, que na época foi contra o regime nazista, e foi excomunado da igreja. Muitos anos depois de morto, foi rebatizado (!!) coomo se isso adiantasse qualquer coisa!

    Obrigada pela dica.

    Abs

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