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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A IGREJA SUD - mentindo em nome de Deus - parte 2

PRÉVIO             


1 – ALGUMAS MENTIRAS DE JOSEPH SMITH

Era comum à Joseph atualizar e enxertar partes novas em revelações antigas. Assim, parecia que as doutrinas e práticas da igreja estavam sendo reveladas em um crescente, de forma lógica e sequencial, tal como descrito pela história mórmon oficial.   

O próprio Smith referiu-se a este processo de revisão como revelação contínua. Outros a chamam de inovação teológica, revelações de conveniência, ou imaginação criativa.

Joseph Smith organizou a publicação de um conjunto de revelações no Livro dos Mandamentos, mas os Missourianos destruíram a imprensa em 1833, antes que o empreendimento fosse concluído. Poucas cópias foram salvas.  

Dois anos depois ele publicou outra versão com as revelações originais revisadas e acrescentou outras revelações, chamou o livro de Doutrina e Convênios. Apologistas alegam que o material acrescentado foi apenas para tornar as revelações mais claras para o leitor. (Melvin J. Petersen "A Study of the Nature of and Significance of the Changes in the Revelations as Found in a Comparison of the Book of Commandments and Subsequent Editions of the Doctrine and Covenants", Master's thesis, BYU, 1955, typed copy, p.147).

Porém, as pessoas próximas a Joseph falam outra coisa. 

David Whitmer (foto ao lado), um colaborador próximo de Smith, foi talvez o adversário mais feroz em relação às revisões. Ele considerava que as revelações originais eram inspiradas por Deus, e questionou as revisões das revelações que haviam sido dadas à Smith com poder e autoridade divinas. (Letter written by David Whitmer, published in the Saints' Herald, February 5, 1887).

Os membros SUDs atuais desconhecem as significativas revisões. Eles não sabem que o significado de algumas das "revelações" se inverteu completamente.

David Whitmer e outros levantaram a questão se Joseph Smith recebia as revelações de Deus ou se elas se originavam em sua própria mente, em seu próprio favor.  

(David Whitmer, An Address To All Believers in Christ. Veja também The Changing World of Mormonism, online book, Chapter 3)  

Se os mórmons continuam a insistir que Joseph Smith foi inspirado por Deus, os críticos podem perguntar: 

'Que Deus? - O que revelou as primeiras revelações, ou Aquele que revelou as que contradizem as primeiras?'." 

Joseph Smith fez o mesmo com o conceito da restauração do sacerdócio: este foi criado apenas após a organização da igreja (1830). 

Porém, os fiéis seguidores da igreja SUD não conhecem este fato histórico, ligando o recebimento do sacerdócio ao ano 1829. As inovações concernentes ao sacerdócio foram mais uma das revisões das revelações pelo próprio Smith, coincidindo assim com a evolução das suas idéias teológicas.

La Mar Peterson explicou:

"Os detalhes importantes que faltam na “história completa" [da restauração do sacerdócio] de 1834 também estão ausentes do Livro de Mandamentos, em 1833. Um estudioso esperaria encontrar todos os elementos da Restauração, neste primeiro grupo de 65 revelações e as datas de que envolvem o recebimento dos dois sacerdócios, mas eles estão ausentes .... As revelações notáveis sobre Sacerdócio em Doutrina e Convênios, secções 2 e 13, estão faltando, e o capítulo 28 não dá nenhuma dica da Restauração que, se for real, já havia acontecido há quatro anos.”

“Mais de quatrocentas palavras foram adicionadas a esta revelação [sobre o sacerdócio] de 1829 (Seção 27 de Doutrina e Convênios). O novo material acrescenta os nomes dos visitantes celestiais e duas ordenações distintas. O Livro dos Mandamentos listava as funções dos élderes, sacerdotes, mestres e diáconos e referia-se ao chamado apostólico de Joseph, mas não há nenhuma menção de Melquisedeque, Alto Sacerdócio, os Setenta, os Sumo-Sacerdotes, nem Conselheiros. Estas palavras foram posteriormente inseridos na organização da Igreja em abril de 1830, fazendo parecer que elas já eram conhecidas nesta data. Porém estas palavras não aparecem no Livro de Mandamentos original, no capítulo 24, que foi publicado três anos antes da suposta ocorrência. Interpolações similares foram feitas nas revelações conhecidas como Seções 42 e 68."

(Problems In Mormon Text, por LaMar Petersen, pp.7-8. Veja também Gregory A. Prince, Power on High: The Development of the Mormon Priesthood. Signature Books, 1995. D. Michael Quinn, Mormon Hierarchy: Origins of Power, Chapter 1, "The Evolution of Authority." The Changing Story of Mormonism, Chapter 16). 

2 - ALGUMAS HISTÓRIAS

Florence, filha de Anthony W. Ivins, perguntou à mãe por que seu pai parecia tão perturbado depois de uma reunião com os apóstolos e com a Primeira Presidência. Sua mãe disse-lhe que o Presidente Smith tinha dito alguma coisa na reunião que havia perturbadomuito o seu pai. O Presidente Smith disse que ele: "mentiria, em qualquer dia, para salvar [seu] irmão ...". Florence disse que seu pai ficou incomodado sobre essa observação para o resto de sua vida. (Solemn Covenant, p. 372)

Cyrus Walker defendeu Joseph em tribunal após uma de suas prisões. Em troca, Joseph prometeu entregar "o voto Mórmon" à Ciro (do partido Whig), quando ele se candidatasse para o Congresso. Mais tarde, porém, Joseph descumpriu sua promessa, declarando que Hyrum tinha recebido uma revelação para votarem no partido da oposição (Mr. Hoge, do Partido Democrata). Joseph afirmou que Hyrum nunca havia recebido uma revelação falsa e, em essência, dirigia o voto dos membros da igreja para o candidato que Hyrum havia apoiado, ao invés de Cyrus Walker. Joseph traiu Cyrus e ele não esqueceu. Cyrus e outros de seu partido prometeram expulsar os mórmons do estado. (Mormon Enigma, p. 148, 151. also An Intimate Chronicle: The Journals of William Clayton, George D. Smith editor, Signature Books, 1995, p. 114)

Na igreja primitiva, a lealdade era mais importante do que a honestidade. Joseph instruiu aos  Doze, em 1839, que acima de tudo "não traiam seus amigos." Freqüentemente, ele lembrava aos membros que eles deviam honrar a amizade acima de tudo, até a morte. 

Em 1839, em um sermão aos Doze, Joseph afirmou que o maior dos males era "pecar contra o Espírito Santo e ser um traidor dos irmãos."  

Mais tarde, Smith confidenciou que enganou os santos ao manter segredos deles porque eles eram "pequenas crianças" incapazes de "suportar todas as coisas." Joseph aconselhou as irmãs da Sociedade de Socorro a não serem muito zelosas em sua busca da ilegalidade e praticarem a caridade para com o acusado. Este conselho foi dado depois de orientá-las, meses anteriores, a sempre procurarem o mal-fazedor. Histórias de adultério e traição espiritual foram agravantes na história de Joseph Smith. (Solemn Covenant, pp.365-366)  

Charles W. Penrose, apóstolo e conselheiro de dois presidentes da Igreja, admitiu que após a morte de Joseph, alguns fatos foram, propositadamente, retirados das publicações da Igreja "por razões de prudência". A conveniência tornou-se mais importante do que a honestidade; artifícios foram aceitos como ferramenta necessária, enquanto aos membros da igreja são comandados serem honestos e disciplinados.(Solemn Covenant, p. 367)

Alguns Fatos Sobre a Poligamia

A prática inicial da poligamia é um exemplo claro deste tipo de desonestidade entre os líderes e membros em geral da igreja mórmon.
A história inicia-se com Joseph Smith, que fez um grande esforço para esconder sua prática do casamento plural. Atualmente, vários documentos estão disponíveis, mostrando que ele se casou ao menos com38 mulheres!

Em 27 de julho de 1842, Joseph deu uma revelação para Newel K. Whitney, que estava para [casar e] selar sua filha, Sarah Ann, que ela deveria ser dada "a Joseph Smith, para ser sua esposa."

Porém, H. Michael Marquardt descobriu que o próprio Joseph havia realizado um casamento falso para encobrir seu casamento plural com Sarah Ann Whitney.

Em seu livro The Strange Marriages of Sarah Ann Whitney to Joseph Smith the Mormon Prophet, Joseph C. Kingsbury and Heber C. Kimball, Marquardt revela que Joseph Smith realmente realizou uma "pretensa" cerimônia de casamento entre Sarah Ann Whitney e Joseph C. Kingsbury, para que sua relação com ela não fosse notada.

Marquardt cita o seguinte de "The History of Joseph C. Kingsbury" um documento que agora está na seção Western Americana da Biblioteca da Universidade de Utah:

"... Em 29 de abril de 1843 eu [Kingsbury], de acordo com o conselho do Presidente Joseph Smith e outros, concordei em apoiar Sarah Ann Whitny como se fosse seu marido e ter um falso casamento com a finalidade de realizar os propósitos de Deus ..."

De acordo com o diário do secretário particular de Joseph, William Clayton, Smith também iria muito longe, realizando uma falsa excomunhão da Igreja, apenas  para parecer que ele não acreditava na poligamia:

"Quinta-feira 19 ... Pres. J ... começou a me dizer que E. foi bastante amigável e gentil ... Ele disse que era o conselho dela que eu deveria manter M [esposa plural de Willian Clayton, Margaret] em casa e era também o seu conselho. Ele disse que [eu deveria dizer que] apenas a mantive em casa e apenas a tolerei. E se eles levantassem algum problema sobre o assunto e me levassem diante dele [ele] ‘eu vou dar-lhe um flagelo terrível e, provavelmente, tirá-lo da igreja e depois vou batizar você e ajustá-lo frente aos outros, como sempre’." (William Clayton's Diary, Oct. 19, 1843, Andrew Ehat's typed extracts)

A primeira edição de Doutrina e Convênios (1835) possuia uma seção negando qualquer prática da poligamia:

"Na medida em que esta Igreja de Cristo foi censurada com o crime de prostituição e de poligamia, nós declaramos que nós acreditamos que um homem deve ter uma esposa, e uma mulher apenas um marido, exceto no caso de morte, quando este está em liberdade para se casar novamente. " (History of the Church, Vol. 2, p. 247)

É interessante notar que esta seção de Doutrina e Convênios estava em todas as edições até 1876, quando no mesmo livro, Doutrina e Convênios, foi incluído pela primeira vez a seção 132, justificando assim o casamento plural.

Note que no cabeçalho atual de DeC 132, a Igreja reconhece que a declaração que nega a poligamia foi uma mentira:

"Embora a revelação foi recebida em 1843, é evidente a partir dos registros históricos de que as doutrinas e os princípios envolvidos nessa revelação já eram de conhecimento do Profeta desde 1831."

É também evidente que em 26 de maio de 1844, Joseph mentiu sobre  praticar a poligamia, apesar das provas em contrário:

"Eu não fiquei casado por apenas cinco minutos e fiz uma proclamação do Evangelho, antes mesmo de que eu pudesse dizer que tinha sete esposas. Eu vivo para viver e proclamar a verdade enquanto eu puder. Este novo profeta sagrado [William Law] foi para Carthage e jurou que eu tinha dito a ele que eu era culpado de adultério. Que  blasfêmia espiritual! Por que um homem não fala ou pisca com medo de ser acusado disso ...

Gostaria que o júri me dissesse quem eles são - se serão uma maldição ou bênção para mim... Como é que um homem pode ser acusado de cometer adultério, e de ter sete esposas, quando eu só posso encontrar uma. Eu sou o mesmo homem, e tão inocente como eu era há catorze anos, e posso provar [estarem errados] todos os perjúrios".(Joseph Smith, History of the Church, Vol. 6, pp. 410-411)

Como expressa Charles W. Penrose em uma carta a John Taylor, em 1887:

"... Os  infinitos subterfúgios e prevaricações que nossa condição atual impõe ... ameaçam tornar nossa crescente geração uma raça de enganadores." (B. Carmon Hardy, Solemn Covenant: The Mormon Polygamous Passage, p. 368)

Alguns Fatos Sobre as Organizações secretas: 
os Danitas e o Conselho dos 50

Os Danitas eram um grupo secreto organizado durante a época de Joseph, sob a supervisão de Sampson Avard. De acordo com David Whitmer (figura ao lado):

"Na primavera de 1838, os líderes da Igreja e muitos dos membros caíram profundamente  no erro e na cegueira ... Em junho de 1838, em Far West, Missouri, uma organização secreta foi formada, e o doutor Avard foi colocado como líder do grupo; um determinado juramento foi feito por todos os irmãos para vinculá-los a apoiar os dirigentes da igreja em tudo o que eles ensinarem. Todos os que se recusaram este juramento foram considerados dissidentes da igreja, e algumas coisas foram feitas com esses dissidentes, de acordo com o bando secreto do Dr. Avard ...

...as perseguições contra mim, por tentar mostrar-lhes os seus erros, se tornou de tal natureza que eu tinha que deixar o Santos dos Últimos Dias ... (David Whitmer, An Address to All Believers in Christ, Richmond, Missouri, 1887, pp. 27-28)

Como mencionado por Joseph em seu diário pessoal, o propósito dos Danitas era levar à justiça  aqueles que se opuseram à igreja:

"... Nós temos a companhia dos Danitas nestes tempos, para tornar fisicamente correto o que não está correto, e para purificar a Igreja de grandes males que já existiam entre nós, pois eles não podem ser ajustados pelos ensinamentos e persuasões. Esta companhia ou uma parte dela exibiu no quarto dia do mês de Julho [palavra ilegível]. Eles vêm se consagrar em grupos de dez, comandados por seu capitão por mais de dez anos." (Brigham Young University Studies, Winter 1988, p. 14)

Curiosamente, esses escritos de Joseph, datando de 27 de julho de 1838, haviam sido riscados em seu diário, em uma tentativa de ocultá-los.  

Devido aos esforços de H. Michael Marquardt e posteriormente dos estudiosos mórmons Dean C. Jessee e David J. Whittaker, eles foram capazes de decifrar as palavras originais. 

Joseph, de fato, negou publicamente que esta organização existisse:

"O sistema Danita descrita por Norton nunca existiu." 
 (History of the Church,  vol. 6, p. 165)

Enquanto os Danitas estavam ativos no Missouri (1838) Justus Morse descreveu como ele e outros foram instruídos a ajudar um amigo, mentindo "com tal convicção e segurança que ninguém questionaria o nosso testemunho."(Solemn Covenant).

Como um outro exemplo de obscurecimento da verdade, Joseph secretamente organizou o Conselho dos 50 em Nauvoo, na primavera de 1844. Esta organização secreta era responsável pela criação do reino de Deus político na terra, com Joseph em sua liderança.

Por muitos anos, os líderes da igreja negaram a existência desta organização. A organização finalmente veio à tona devido a trabalhos como os de Brodie No Man Knows My History de 1945, e de Klaus J. Hansen Quest for Empire: The Kingdom of God and the Council of Fifty in Mormon History in 1967.

(Roger D. Launius, "From Old to New Mormon History: Fawn Brodie and the Legacy of Scholarly Analysis of Mormonism", Reconsidering  No Man Knows My History, pp. 215, 218-219)

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Veja também: Mormon Lying


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