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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MANUSCRITOS DO MAR MORTO - parte 3 - o mormonismo

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OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E O MORMONISMO

 Nos últimos 58 anos, desde a descoberta dos "manuscritos do Mar Morto", em 1947, nas montanhas de Qunram, apologistas mórmons tem feito um grande alarde ao afirmarem que tais escritos confirmariam a fé mórmom.  [1-9]



O Professor Hugh Nibley da BYU, escreveu vários artigos, buscando paralelismos entre os ensinos dos Essênios e algumas crenças mórmons. 

Será que realmente os Essênios eram cristãos? Ou mais inda, seriam eles os mórmons do passado? Teriam eles experimentado todos os rituais mórmons?

A seguir, veremos argumentos a favor, usados pelos estudiosos mórmons, e os argumentos contra.



ARGUMENTOS A FAVOR: 

1 - Hierarquia de 12 na comunidade. 

Embora a idéia de doze esteja muito ligada à Cristo, ela remonta ao Velho Testamento, como os 12 patriarcas e as12 tribos de Israel. Os Essênios eram observantes da lei, e como Judeus, absorveram idéias ligadas à esta religião.


2 - Batismos realizados em Qunran. 

Nessa comunidade, o batismo não tinha as características Cristãs, mas era, na realidade, parte de um ritual regular, e diário, cujo propósito era uma purificação cerimonial. 

Assim, batismos eram realizados antes de Jesus, mas certamente não com as caracteristicas Cristãs, conforme instituido por Cristo. Mesmo o batismo realizado por João Batista era diferente - confira em Mateus 28:19; Atos 18:24,25; Atos 19:3-6.


3 - Ensinos cristãos 

As religiões da época pregavam:
- os perigos da riqueza e os benefícios da pobreza; 
- a hospitalidade e amor entre os irmãos;
- eram exclusivistas;
- acreditavam em um cenário professor\aluno, com um mestre e seus seguidores. 

Várias religiões, cristãs ou não-cristãs tem estes mesmos valores.




Podemos afirmar que Essênios eram Cristãos devido às suas crenças similares ao cristianismo? 

Os paralelismos a favor provam algo? 

ARGUMENTOS CONTRÁRIOS


1 - Os Essênios eram estritamente legalistas, não acendiam fogo, e recusavam-se até mesmo a evacuar no Sábado.  Preparavam-se antes, mas caso isso fosse nescessário, não podiam caminhar mais de 2000 cúbitos. 

O "DOCUMENTO DE ZODIKE" determinava: 

"Ninguém deve comer coisa alguma que aconteça estar no campo, nem deve beber de nada que não estivesse previamente no acampamento" 

"Ninguém deve vestir roupas empoeiradas, ou estocadas , a não ser que primeiro sejam lavadas e esfregadas com resinas de goma de incenso de árvores; ninguém deve bate-las com o punho" 

"Nínguém deve retirar nada da casa, ou trazer nada para dentro" 

"Ninguém deve apanhar uma pedra ou limpar poeira em uma residência." 

Em "O DOCUMENTO DE DAMASCO", os Essênios são proibidos de resgatarem até mesmo uma novilha recém-nascida no valado, no dia do Sábado. 

Em "O MANUAL DE DISCIPLINA", era determinado qual o tipo de pessoas que eles poderiam se associar. Como exemplo,  mulheres em período menstrual ou  após o parto  eram consideradas impuras. 


Compare estas práticas e ensinos com o dos cristãos em  Marcos 2:23-27; Mateus 12:5-8,11-12; Mateus 15:1-2,11; Mateus 11:19; Lucas 8:1-3.




2 - Eram contra práticas adotadas no templo de Jerusalém, e não viam o templo como característica central de sua religião, como os Judeus da época. 

3 - Não acreditavam na ressureição do corpo, embora cressem na imortalidade da alma.


Frederic C. Howe falou:


"Os essênios não podiam harmonizar a idéia de um espírito puro, sendo reunido com um corpo que participou de uma substância material, e por conseguinte mau".


Cliford A. Wilson falou que eles criam pelo o menos na vinda de 2 messias. O perito no Velho Testamento Merril F. Unger explicou:


"Há uma diferença radical no conceito messiânico como se encontra na bíblia, e o corrente entre os membros da comunidade de Qunram".


O MANUAL DE DESCIPLINA exigia um juramento de ligação para voltar a lei de Moisés de acordo com tudo que ele ordenou. Confira Mateus 5:33-37. 

4 - Evitavam o contato com as mulheres, e tendiam a considerá-las tabus. Os rabinos da época, inclusive,  recomendavam que fosse evitado qualquer contato com mulheres em locais públicos! Atitude muito diferente daquela considerada cristã (compare com João 4:1-30, Lucas 8:1-3)

HIÓLIPO, líder da igreja no século II escreveu: 
"Para que as mulheres dos apóstolos não duvidassem dos anjos, Cristo apareceu para elas, para que fossem os apóstolos de Cristo...Cristo apareceu para os apóstolos (homens) e disse: -Sou eu quem apareceu para estas mulheres e sou eu quem quis envia-las a vós"


5 - Os essênios ensinavam a odiar os inimigos 
- compare com os cristãos (Mateus 5:43-45) 


O arqueólogo Dr. J. Price, Ph.D. no Oriente médio, exibiu em seu livro "Secrets of The Dead Sea Scrolls", uma tabela mostrando várias diferenças interessantes entre os essênios e os cristãos.


Os mórmons não são os únicos a especular o assunto. Devido ao grande conteúdo gnóstico contindo nos manuscritos, esotéricos como Edouard Schuré que escreveu "Os Grandes Iniciados - Jesus", e Edgar Cayce que inspirou o livro "Edgar Cayce on the Dead Sea Scrools", apontam conexões entre os essênios e o esoterismo, budismo, induismo e espiritismo. 

Portanto, as conexões e semelhanças  entre os essênios e os cristãos não constituem prova de que os pergaminhos retratassem, na verdade, um grupo que teria os mesmos  princípios dos mórmons atuais.

Na realidade, estes rolos contrariam as afirmações de  Joseph Smith e outras autoridades gerais da igreja mórmon, que afirmam que a Bíblia foi adulterada (I Néfi 13:25-28). 

Quando estas cópias são comparadas com as utilizadas, percebe-se que contém  essencialmente os mesmos escritos, mesmo estando separados por mais de mil anos. 

Ainda, as modificações feitas por Smith nos textos de Isaías, que estão no LdM, não são encontradas nos pergaminhos do Mar Morto.Veja mais detalhes AQUI.



 IR PARA SUMÁRIO
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Notas:

1 - Andrew C. Skinner, "The Dead Sea Scrolls and Latter-day Truth," Ensign, February 2006, 44-49. Andrew Skinner explores the world of the Dead Sea Scrolls and how they are similar, as well as different, to those things taught by the Latter-day Saints.
2 - "," Latter-day Saint Perspectives on the Dead Sea Scrolls, Eds., Donald W. Parry and Dana M. Pike (Provo, UT: FARMS) This free electronic version of the FARMS book is now available on-line. It includes several articles by LDS scholars who discuss the details and significance of the Dead Sea Scrolls.
3 - "The Dead Sea Scrolls," (Provo, Utah: Brigham Young University, 2002) A Web site dedicated to an understanding of the Dead Sea Scrolls.
4 - FARMS, "LDS Perspectives of the Dead Sea Scrolls," (Provo, UT: FARMS) MP3: 48 minutes.
5 - Hugh W. Nibley, "Apocryphal Writings and Teachings of the Dead Sea Scrolls," Temple and Cosmos (Salt Lake City: Deseret Book Company, 1992), 264-335 Nibley reviews some of the issues related to the discovery of the Dead Sea Scrolls and the Nag Hammadi library, noting that, like the Book of Mormon, they were buried with the expectation of being received by a later generation. He points to a number of their teachings, including "cosmism," which in the literal interpretation of scripture runs counter to the allegorical tendencies of later Christianity. He lectures on the importance of matter and space and how they relate to the larger picture of "worlds without number." He explains that although creations follow patterns, they are characterized not by monotonous sameness but by refreshing individuality. Nibley also discusses the ordinances that were revealed to the early Christians to guide them back to the presence of the Father.
6 - Hugh Nibley, "The Expanding Gospel," BYU Studies (City Unknown: BYU, 1966), 1-21 Dr. Nibley demonstrates that traces of authentic gopsel doctrines can be found in the previously forgotten writings of the ancients.
7 - Daniel C. Peterson and William J. Hamblin, "The Great Religious Books of Early Judaism," (City Unknown: MeridianMagazine.com)
9 - Gerald Smith, Comparison Between Nephi's Psalm and Community Rule. Brief comparison between Nephi's Psalm (2 Ne 4), and a Psalm found in the Community Rule scroll of the Dead Sea Scrolls (Geza Vermes translation).


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