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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

MANUSCRITOS DO MAR MORTO - parte 2 - o LdM


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OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E O LIVRO DE MÓRMON


Texto traduzido e adaptado de Changing World of Mormonism


O apóstolo Orson Pratt declarou que:


“Os manuscritos mais antigos de qualquer um dos livros do Antigo Testamento, nos dias de hoje, datam do século XII da era cristã."  Journal of Discourses, vol.7, January 2, 1859. – veja-o integralmente AQUI.


Embora esta afirmação pode ter sido verdadeira na época de Pratt, a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto mudou esta idéia. Temos, agora, alguns manuscritos que datam de antes da época de Cristo.


Na Enciclopédia Compton, lemos:


"Os manuscritos bíblicos, conhecidos como os Manuscritos do Mar Morto, tem sido chamados pelos acadêmicos de ‘a maior descoberta de manuscrito dos tempos modernos.’ Eles incluem livros do Antigo Testamento e textos não-bíblicos que datam de 100 aC a 68 AD "(vol. 6, p.41a).


Em seu livro, The Ancient Library of Qumran, Frank Moore Cross Jr. descreve os pergaminhos:



“Um esboço do conteúdo da Caverna IV pode ser útil .... No final de quatro anos de trabalho, 382 manuscritos foram identificados nesta caverna .... Dos manuscritos identificados até o momento, cerca de cem, pouco mais de um quarto do total, são bíblicos. Todos os livros do cânon hebraico ainda existem, com exceção do Livro de Ester ....



“Três documentos muito antigos foram encontrados na Caverna IV .... Eles incluem uma antiga cópia de Samuel, preservada em apenas um punhado de fragmentos; uma seção gasta e em pedaços de Jeremias ... e uma cópia do Êxodo ... das quais apenas uma coluna e alguns poucos  pedaços existem ....



“O pergaminho arcaico de Samuel pode datar por volta do final  de 200 aC. A data do último quarto do século III é mais acurada. Jeremias é provavelmente de uma época um pouco mais adiante. O Êxodo arcaico ... parece ser mais velho do que os fragmentos de Samuel e, provavelmente, é mais antigo.


“Uma cópia de Daniel está inscrita no pergaminho no final do século II aC ...


“Os pergaminhos bíblicos de Qumran abrangem a data de cerca de três séculos. Alguns espécimes arcaico nos levam de volta para o final do século III, como vimos. A grande maioria, porém, data do século I aC e do primeiro século cristão ... (The Ancient Library of Qumran, by Frank Moore Cross, Jr., New York, 1961, pp.39, 40, 42, 43).


Os estudiosos mórmons aceitaram a autenticidade dos Pergaminhos do Mar Morto, embora não tenham percebido os graves problemas que esses manuscritos criaram para o Livro de Mórmon e para a Versão Inspirada de Joseph Smith da Bíblia.


Werner Keller resumiu a situação relativa ao pergaminho de Isaías:


“O texto de Isaías da caverna em Qumran tinha realmente sido copiado cerca de 100 aC, como o Professor Albright foi o primeiro a reconhecer ... com a descoberta dos Pergaminho do Mar Morto de Isaías, temos um texto hebraico da Bíblia ....  
E o fato extraordinário e maravilhoso é que o antigo pergaminho de Isaías, assim como o livro do profeta em qualquer Bíblia impressa, seja em hebraico, grego, latim, alemão ou qualquer outra língua ... concorda com o nosso texto de hoje.



"Dezessete folhas de couro costuradas em um comprimento de quase sete metros – deve ser assim que o rolo do profeta  parecia e que foi entregue a Jesus na sinagoga de Nazaré, para que ele pudesse lê-lo para a congregação. "E foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías." (Lc 4:16,17)


O professor André Parrot escreveu:


"Todo o movimento das mãos de Jesus foi trazido mais perto de nós, pois ainda podemos ver no verso do couro as marcas dos dedos das mãos dos leitores" (The Bible as History, by Werner Keller, William Neil, trans., New York, 1957, pp.423-24).


Dr. Gleason L. Archer salienta sobre os pergaminhos de Isaías:


"Mesmo que as duas cópias de Isaías descobertas na Caverna 1 de Qumran, perto do Mar Morto em 1947, eram de mil anos antes do que o manuscrito mais antigo conhecido e datado previamente (980 AD), eles mostraram-se idênticos, palavra por palavra, com a Bíblia hebraica padrão em mais de 95 por cento do texto. Os 5 por cento de variação consistiram, principalmente, em lapsos óbvios da pena e em variações de ortografia "(A Survey of Old Testament Introduction, p.19).


Os estudiosos da Bíblia têm motivos para alegrarem-se com a descoberta dos manuscritos de Isaías, que remonta aos tempos antigos. Os estudiosos Mórmon, entretanto, são confrontados com um dilema, pois embora estes manuscritos apoiam o texto da Bíblia, eles podem ser uma das mais fortes evidências contra a " revisão inspirada" da Bíblia feita por Joseph Smith e sua “tradução" do texto de Isaías encontrada no Livro de Mórmon.


Durante anos, os eruditos mórmons têm trabalhado para provar que o texto de Isaías no Livro de Mórmon é realmente uma tradução de um exemplar antigo de Isaías e, portanto, superior à tradução encontrada na Bíblia. Eles têm tentado mostrar um paralelo entre o texto de Isaías do Livro de Mórmon e alguns manuscritos antigos. No entanto, esses paralelos são de pouco valor, porque os manuscritos eram conhecidos e estudados na época de Joseph Smith (Ver Mormon Scriptures and the Bible, pp.9-10).


Se os eruditos mórmons pudessem encontrar semelhanças entre o texto do Livro de Mórmon e documentos que não eram conhecidos na época de Joseph Smith, este tipo de prova seria impressionante. Os Manuscritos do Mar Morto, por exemplo, deveriam fornecer uma grande quantidade de provas para o Livro de Mórmon se este fosse realmente um registro antigo.


O pergaminho de Isaías encontrado em Qumran na Caverna 1 deve ter causado uma grande alegria entre os estudiosos mórmons, pois aqui está um manuscrito de Isaías, que é centenas de anos mais velho do que qualquer manuscrito conhecido previamente. Certamente, se o Livro de Mórmon fosse verdadedeiro, este manuscrito estaria repleto de evidências que apoiariam o texto de Isaías no Livro de Mórmon e, assim, provariam que Joseph Smith foi um profeta de Deus.


Entretanto, ao invés de provar a veracidade do Livro de Mórmon, os pergaminhos acabaram sendo uma grande decepção para os estudiosos mórmons.


Lewis M. Rogers, que foi professor assistente na Universidade Brigham Young, escreveu um artigo intitulado "The Significance of the Scrolls and a Word of Caution [O significado dos Manuscritos e uma palavra de cautela].” Neste artigo, ele declarou:


“Os Santos dos Últimos Dias têm motivo para se alegrarem com os outros cristãos e judeus, pois uma nova luz e uma nova perspectiva foram trazidas pelos Manuscritos do Mar Morto. Mas ocasionalmente eles precisam ser lembrados de que suas esperanças e emoções tornam-nos vulneráveis. É bem possível que as afirmações do Livro de Mórmon e da teologia SUD não avançarão muito como consequência desta descoberta” (Progress in Archaeology, Brigham Young University, 1963, pp.46-47).


Wayne Ham fez mestrado no Departamento de Línguas Bíblicas na Universidade Brigham Young, em 1961. Sua dissertação comparou o pergaminho de Isaías com o Livro de Mórmon, e é intitulada "A Textual Comparison of the Isaiah Passages in the Book of Mormon with the Same Passages in the St. Mark's Isaiah Scroll of the Dead Sea Community". Depois de fazer este estudo, o Sr. Ham foi forçado a concluir que o livro de Isaías não apóia o texto do Livro de Mórmon. Em um artigo publicado na Courage, em 1970, ele declarou:


Os Santos dos Últimos Dias estavam esperançosos de que estes pergaminhos de Isaías trariam alguma evidência de apoio ao Livro de Mórmon. Os Manuscritos do Mar Morto de Isaías, que datam provavelmente do século II aC, são mil anos mais antigos que texto que era considerado o mais antigo do Antigo Testamento.


“Após uma investigação profunda do assunto ... este autor não encontrou exemplos notáveis de apoio para as afirmações do livro de Mórmon.” (Courage, vol. 1, no. 1 de Setembro de 1970, p.20).


O apologista mórmon Dr. Sidney B. Sperry, da Brigham Young University, teve que admitir que os Manuscritos do Mar Morto não ajudam o caso do Livro de Mórmon:


“Após a leitura dos Manuscritos com muito cuidado, eu cheguei à conclusão de que não há uma única linha neles que sugira que seus escritores sabiam o Evangelho como é entendido pelos Santos dos Últimos Dias. Na verdade, existem algumas passagens que parecem provar o contrário....


“Devemos estar especialmente interessados na luz que o livro de Isaías lança sobre o problema do texto de Isaías no Livro de Mórmon. Tenho comparado, com certo detalhe, o texto do pergaminho com seus paralelos no texto do Livro de Mórmon. Esta tarefa tediosa revelou que o livro raramente concorda com as divergências do texto do Livro de Mórmon com o texto massorético convencional de Isaías e, consequentemente, a Versão Autorizada ....


“O pergaminho de Isaías é de importância relativamente pequena para Santos dos Últimos Dias para mostrar a antiguidade do texto de Isaías no Livro de Mórmon .... Os Manuscritos, sem dúvida, contribuem muito para a história do judaísmo e do cristianismo, e especialistas do Antigo e Novo Testamentos são apropriadamente muito preocupados com eles ....


“Mas, além do seu valor técnico para os estudiosos, creio que a importância dos Manuscritos em um sentido religioso tem sido muito exagerado por alguns estudiosos. A sua importância prática para os Santos dos Últimos Dias é relativamente pequena” (Progress in Archaeology, pp.52-54).

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4 comentários:

  1. Devo, a princípio, parabenizá-la pelo extenso trabalho realizado. Suas fontes (até onde estudei) são seguras. Convenhamos que a tudo e a todos podemos lançar um olhar crítico e enxergar apenas o que quisermos.
    Com relação ao livro de Isaías, não encontrei vossa senhoria citando fontes sobre as possíveis controvérsias com as citações do livro de Mórmon, mas devo lembrá-la que no dia 20/OUT/2010 a Google e o governo de Israel anunciaram que em breve estará disponível um banco de dados digital com as relíquias. Haverá fotos do texto original com sua tradução em Inglês, dispensando as tantas interpretações atribuídos aos registros.

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  2. Daniel

    Obrigada, busco, de fato, as fontes mais seguras possíveis. Isso nào me exime de erros, obviamente, mas procuro minimizá-los dentro do possível.

    Quanto à Isaías, creio que está claro, para qualquer um, que a versão de Isaías contida no Livro de Mórmon não é idêntica à contida na Bíblia.

    Oras, se os pergaminhos corroboram a versão bíblica, só há uma conclusão óbvia: a versão do LdM está corrompida.

    E será de grande valor quando esses textos forem disponibilizados à toda a população, isso nào há dúvidas.
    Abs

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  3. Sim, em breve estarão disponíveis e muitos tirarão grande proveito ao estudá-los por seu Blog, pois vossa senhoria mantém a tradução fidedigna e eu estarei ansioso para ler sua visão sobre eles, assim como gostaria de ver sua opinião se a versão de Qumran for similar ao LDM. Assim como ficaria ansioso para ver um blog seu investigando a Bíblia, creio que sua visão crítica em grande parte não os aceita, uma vez que possui tantos detalhes fora de contexto, claro acrescentados por copistas descuidados ou muito entusiasmados, porém os recortes realizados por decisões editoriais decididos em concílios para manipular a vontade de Constantino, 300 anos depois de o mesmo império Romano que os proibiu agora os coletavam e decidiam o que ficava e o que saia. Enfim, vossa senhoria faz muito bem o que se propões a realizar, não só sobre o LDM, Bíblia, Alcorão... sua interpretação privilegiada dos registros antigos muito poderiam colaborar com estudos pessoais.

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  4. Daniel

    Espero que um dia esses escritos, de fato, fiquem disponíveis ao público. Mas, segundo minha experiência, muito dinheiro será ganho com a venda dessas traduções antes que estejam acessíveis à nós.

    Enfim, vamos esperar.

    Quanto ao estudo da Bíblia, veja:

    http://investigacoesbiblicas.blogspot.com/

    O blog tem um pouco mais de humor, é mais simples, mas nem por isso deixa de ser sério.

    Abs

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