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domingo, 17 de janeiro de 2010

JOSEPH SMITH E A POLIGAMIA 03 - o casamento com Helen Kimball

O CASAMENTO DE JOSEPH SMITH COM HELEN KIMBALL

Quando a igreja fala sobre o casamento de Joseph com Helen Mar Kimball, aos 14 anos, afirma que foi o pai de Helen que iniciou e organizou o casamento. Isso não é verdade. Reproduziremos a história real de acordo com a própria Helen.

O pano de fundo desta história é mais um episódio perturbador do mormonismo e de seu início. Antes de Smith se aproximar de Heber para ter sua filha de 14 anos de idade, Helen, como sua noiva, Smith solicitou que a própria esposa de Heber, Vilate, fosse também sua esposa.

"Durante o verão de 1841, pouco depois do regresso de Heber da Inglaterra, ele foi apresentado à doutrina do casamento plural diretamente através de um teste surpreendente, um sacrifício que abalou seu próprio ser e desafiou sua fé ao máximo.

“Ele já havia sacrificado casas, posses, amigos, parentes, todas as recompensas mundanas, paz e tranquilidade para a Restauração. Nada foi deixado para colocar no altar a fim de salvar a sua vida além de seus filhos e sua esposa.

“Joseph exigiu para si o que era impensável para Heber, a sua Vilate. Totalmente esmagado emocional e espiritualmente, Heber não tocou em comida ou em água por três dias e três noites e continuamente solicitava a confirmação e conforto  de Deus".

Finalmente, depois de "algum tipo de certeza", Heber levou Vilate para o quarto superior da loja de Joseph, na Water Street. O Profeta chorou por este ato de fé, devoção e obediência. Joseph nunca teve a intenção de tomar Vilate. Foi tudo um teste." Biography of Heber C. Kimball, Heber C. Kimball, Mormon Patriarch and Pioneer by Stanley B. Kimball, page 93.

Assim, depois de Joseph Smith ir tão longe para "testar" Heber C. Kimball, para ver se ele iria abrir mão de sua esposa, pediu em seguida a sua filha única, de 14 anos de idade, Helen.

Isto retrata uma cena de coerção adolescente por parte de Joseph Smith. É a própria Helen, que escreveu:

"Sem preliminares, meu pai me perguntou se eu acreditaria se ele me dissesse ser certo que os homens casados tivessem outras mulheres."

"O primeiro impulso foi de raiva ... Minha sensibilidade foi dolorosamente tocada. Eu senti uma sensação de dor e desprazer; para falar tal coisa para mim, eu pensei coisas indignas sobre meu pai, e tão rápido ele falou, eu respondi para ele, curta e enfaticamente: NÃO, NÃO ACREDITARIA! Esta foi a primeira vez que eu abertamente manifestei raiva para ele."

"Então ele (meu pai) começou a falar a sériamente e fundamentado, explicou o princípio (de poligamia) e porque ele foi novamente estabelecida na Terra, etc."

"Esta primeira conversa teve um efeito semelhante a um súbito choque de um pequeno terremoto. Quando ele percebeu (após minha primeira explosão de descontentamento por suposto dano) e eu o recebi humildemente, ele aproveitou a primeira oportunidade para introduzir Sarah Ann para mim, como esposa de Joseph. Isto surpreendeu-me além da conta".

"Tendo um grande desejo de estar conectado ao Profeta Joseph, ele (meu pai) me ofereceu à ele, e isso eu aprendi depois, da própria boca do Profeta. Meu pai não tinha nada além de uma ovelha,  mas voluntariamente deitou-a sobre o altar. 

"Quão cruel isso parecia à minha mãe, cujas fibras do coração já haviam sido esticadas até que estivessem quase em pedaços, pois ela já tinha aceitado Sarah Noon como esposa [de seu marido] e ela achou que tinha feito sacrifícios o suficiente, mas o Senhor exigia mais." Helen Mar Whitney Journal, Helen Mar Autobiography, Woman's Exponent, 1880 and recently reprinted in A Woman's View.

Essas são as próprias palavras de Helen. Julgue por si mesmo se Helen estava enfrentando coerção ou se esta situação tinha a ver com um Deus ético. Na verdade, Joseph Smith deu-lhe apenas 24 horas para decidir se deveria ou não casar-se com ele. Sobre isso, Helen escreveu:

"[meu pai] deixou-me refletir sobre isso nas próximas vinte e quatro horas. ... Eu estava cética - num minuto acreditava, em seguida duvidava. Pensei no amor e ternura que sentia por sua única filha, e eu sabia que ele não iria desencaminhar-me, e esta era a única prova convincente que eu tinha que isto era o certo".

Na manhã seguinte, Joseph Smith, com 37 anos, finalmente apareceu para explicar a "lei do Casamento Celestial" e pedir sua noiva adolescente. Em sua autobiografia, Helen escreveu:

“Depois que ele me disse: 'Se você tomar este passo, isto irá garantir a sua salvação eterna e exaltação, e da casa de teu pai e de todos os seus parentes’. Esta promessa foi tão maravilhosa que me deu vontade de adquirir tão gloriosa recompensa."

Helen também escreveu sobre a reação de sua mãe:

"Ninguém além de Deus e seus anjos podiam ver o coração sangrando de minha mãe - quando Joseph perguntou se ela estava disposta, ela respondeu:" Se Helen está disposta, eu não tenho nada mais a dizer."

"Ela havia testemunhado o sofrimento das outras, que eram mais velhas e que melhor compreendiam o passo que estavam tomando. E ver sua filha, que ainda não tinha completado seu décimo quinto verão, seguindo o mesmo caminho espinhoso, em sua mente ela viu que a miséria seria tão certa como o sol nascer. Mas isto foi escondido de mim."

Helen pensou que seu casamento com Joseph Smith seria apenas uma regra seguida por sua família. Mas para sua surpresa, foi muito mais. Helen confidenciou a uma amiga íntima em Nauvoo:

"Eu nunca teria sido selada a Joseph se eu soubesse que seria algo mais do que uma cerimônia. Eu era jovem, e eles me enganaram, dizendo que a salvação de toda a nossa família dependia dele." (Mormon Polygamy: A History by LDS member Richard S. Van Wagoner, p. 53).

De fato, não foi permitido à Helen estar com seus amigos, pois agora ela estava casada com Joseph Smith. Por ela ser casada, ela foi proibida de ir a um baile que seu irmão participaria.

Em uma carta, Helen escreveu:

"Eu me senti muito dolorida sobre isso, e pensei nisso como um ato muito cruel do pai ao permitir que o William fosse e apreciasse a dança com outros dos meus companheiros, e me confinar, pois nenhuma menina dança melhor do que eu, e eu realmente senti que era demais para suportar.

Isso fez da escola maçante ainda mais maçante, e como um pássaro selvagem eu ansiava pela liberdade que me foi negada, e pensei em mim como uma criança abusada, e que seria perdoável se eu não murmurasse."

Nessa época, Helen não era uma noiva feliz para Joseph Smith, mas uma menina que havia caído em depressão. Ela escreveu em um poema:

“... mas anjos tristes choraram.
Eles viram os teus amigos da juventude crescerem tímidos e frios.
E dardos venenosos de línguas caluniadoras foram lançados,
Coração ignorante em teu generoso sacrifício
Tu não consideraste o custo nem sabias o preço amargo;
Todos os teus sonhos felizes acabaram, você também está destinada a ser
Confinada longe da vida social,  pois este é o teu destino,
E sobre as suas memórias entristecidas, as doces alegrias a abandonou
Teu coração contrito vai chocar e imaginar tristezas futuras,
E como um pássaro confinado, com coração selvagem e saudoso
Tu irás diariamente ansiar pela liberdade e lamentar-se de sua parcela;”

Parece que Helen foi abençoada com o espírito de alegria ao dar-se a Joseph Smith? Onde é que se encaixa o plano da salvação? Onde estão as escrituras e revelações para ajudá-la?

No entanto, Helen parece ter aceitado o seu destino e o poema termina da seguinte forma:

“Mas tu não podes ver o futuro e ver aquela coroa gloriosa,
Mas tu não podes ver...
Esperando por você no céu, tu não chorarás nem lamentarás.
Puro e exaltado foi o objetivo de teu pai, que viu
A glória em obedecer esta elevada lei celestial,
Pois milhares morreram sem a luz.
Vou trazer alegria eterna e fazer da tua coroa mais brilhante.
Eu tinha sido ensinada a reverenciar o Profeta de Deus
E receber cada palavra como a palavra do Senhor,
Mas se isto não tivesse vindo da boca de meu querido pai,
Eu jamais a teria recebido como uma verdade sagrada de Deus.


Resposta de um apologista SUD:

Existem também relatos de Helen nos quais ela aceita a poligamia e a considerou mesmo uma bênção:

“Eu não tento esconder o fato de que isso tem sido uma provação, mas confessei que tem sido uma das mais severas de minha vida. Mas que também provou ser uma das maiores bênçãos. Eu poderia realmente dizer que isso foi o que mais contribuiu para que eu me tornasse uma Santa e uma mulher livre, em todos os sentidos da palavra. E eu sabia que muitas outras poderiam dizer o mesmo, e para quem tinha sido um dos maiores benefícios -- uma ‘benção disfarçada’."  Helen Mar Kimball, Why We Practice Plural Marriage, 23-24

Comentários

Como muitas mulheres poligâmicas, Helen provavelmente odiava a idéia da poligamia quando introduzida pela primeira vez e por muitos anos depois, como ela expressou em muitos de seus escritos.  

Os escritos negativos de Helen parecem muito mais intensos do que os escritos positivos. Situação semelhante acontecia com Emma Smith, que às vezes aceitavam a poligamia, mas a maior parte do tempo era radicalmente contra a prática.

Conforme o tempo passou, Helen pode ter aceitado e até se sentido especial por ser conhecida como uma das esposas do profeta mais reverenciado. Talvez ela tenha decidido fazer o melhor, pois ela não tinha escolha naquele momento.

Ninguém além de Helen pode dizer com certeza se ela realmente gostava de ser uma mulher polígama de Joseph Smith. No entanto uma coisa que nós podemos dizer com convicção é que uma menina de 14 anos de idade nunca deveria ter sido colocado nessa posição por Joseph ou por seus próprios pais.

Comentário de críticos:

Estas histórias são provavelmente apenas a ponta do iceberg em relação às atrocidades que os primeiros líderes mórmons perpetraram aos seu colegas. Os detalhes de muitas outras histórias semelhantes não eram provavelmente registrados. Estes são os frutos do legado de Joseph.



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Notas:

4 comentários:

  1. Com a devida vênia,a forma como vc escreve não parece vir de uma doutora. Não que isso seja absolutamente importante para esse tipo de matéria, mas diminui a confiabilidade de como a pesquisa foi conduzida e realizada.

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  2. Willian

    Não TRADUZO os textos deste blog para pessoas como você, portanto sua opinião realmente não me interessa.

    E se a tradução o incomoda tanto, por que está perdendo seu precioso tempo vindo aqui ao invés de continuar lendo seus textos eruditos?

    Boa sorte!

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  3. No tocante ao assunto da menina Hellen Kimball gostaria de saber suas fontes pois sinceramente nunca ouvi falar nesta menina em minhas pesquisas. Poderia postar um link ou auxiliar-me? Agradeço e boa semana

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  4. Alberto

    As referências dos livros estão abaixo dos parágrafos, e há um link no final do post.

    Abs

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