Os mórmons estão fazendo um alarde enorme quanto uma "descoberta" de um nome em Hebraico de um homem chamado de Alma em Israel (veja um exemplo AQUI)
Precisamos considerar alguns fatos:
1- Esta descoberta não foi publicada em nenhum artigo de revista ou Jornal de caráter Ciêntifico em Israel.
2- Este "achado" não foi exposto em nenhum museu de renome.
3- Apenas e esclusivamente o universo mórmon tomou conhecimento deste "fato".
4- Essa afirmação contradiz a equipe de arqueólogos do Dr. Prof. Avraham Biran, que publicou na revista "Israel Exploration Journal", em 1993, a afirmação de não ser possível que o nome hebraico ALMAH seja atribuído a um HOMEM JUDEU por três motivos:
A - Nos nomes originais usados pelo primitivos hebreus não se encotra NADA semelhante a ALMAH.
B - No hebraico antigo o termo ALMAH e restritamente FEMININO!
C - ALMAH não é apenas um termo FEMININO como usado para "VIRGEM, DONZELA OU VIRGEM DESPOSADA" como em Isaías 7:14.
Estudando um pouco mais:
Só há uma palavra em Hebraico que der a entender ALMA, e esta é 'almah'
.
Almah, em hebraico, era uma palavra usada para designar uma "mulher que nunca teve filhos". O têrmo acima é encontrado nas profecias de Isaías, e o que disse Isaías realmente? Lendo Isaías 7:14 (texto massorético), encontramos estas palavras precisas:
Almah, em hebraico, era uma palavra usada para designar uma "mulher que nunca teve filhos". O têrmo acima é encontrado nas profecias de Isaías, e o que disse Isaías realmente? Lendo Isaías 7:14 (texto massorético), encontramos estas palavras precisas:
"Portanto, o próprio Senhor vos dará um sinal; Eis, ha'almah conceberá, e dará à luz um filho, e há de chamá-lo pelo nome de Emanuel."
A Septuaginta, uma tradução do Velho Testamento, usada por judeus de língua grega do seu tempo, usou parthenos (virgem) na passagem de Isaías, substituindo a palavra almah. Mas o Velho Testamento hebraico, mais antigo do que a Septuaginta, usou 'almah.
Então, o que significava essa palavra? Embora rara na Bíblia hebraica, 'almah' ocorre em algumas passagens, notavelmente em Gênesis 24:43 e Êxodo 2:8.
Por outro lado, um jovem rapaz no Velho Testamento era chamado na'arou elem, cujas formas femininas eram na'arah e 'almah, respectivamente. Assim, uma 'almah era uma adolescente do sexo feminino!
De fato, Provérbios 30:19, enumera quatro coisas demasiado maravilhosas para serem compreendidas: o caminho de uma águia no ar, o caminho de uma serpente numa rocha, o caminho de um navio no mar, e o caminho de um homem com uma donzela ('almah).
A palavra b'tulah aparece 51 vezes no Velho Testamento hebraico e é traduzida 44 vezes por (parthenos), na Septuaginta. Ela pode se aplicar a uma mulher casada (Jl 1.8), o que não ocorre com o substantivo almah, que só se aplica a mulher solteira.
O substantivo almah aparece 9 vezes no Velho Testamento hebraico (Gn 24.43; Êx 2.8; 1 Cr 15.20; Sl 46 (título, pois a palavra hebraica alamoth é plural de almah); 68.25; Pv 30.19; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14).
Em duas passagens, a Septuaginta traduziu por parthenos, que significa "virgem" (Gn 24.43; Is 7.14).
A mesma Rebeca que é chamada "virgem, [b'tulah, em hebraico] a quem varão não havia conhecido", e no v. 16 desse mesmo capítulo, é chama de almah.
A Septuaginta foi traduzida antes do nascimento de Jesus (285 a. C., segundo Josefo e a carta de Aristéia). Há muitas controvérsias quanto a essa data. Qualquer que seja, o certo é que foi antes do nascimento de Jesus. A tradução foi feita por rabinos, portanto, entendiam que almah em Isaías 7.14 se tratava de uma "virgem". Assim era o significado dessa palavra na época.
A palavra de AlmaH cumpre também duas características:
1) É uma mulher nova, mais do que doze anos e menor de dezoito anos.
2) É uma virgem que nunca teve relações sexuais.
Esta palavra 'almah' aparece no Torah em quatro oportunidades:
1) Bereshit. (genesis) 24:43.
Falando sobre a pessoa de Rivka, que foi mais tarde a esposa de Itzjak.
2) Mishley (Proverbios) 30:19.
19 o caminho da águia no ar, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma virgem.
3)Shemot (Exodo 2:8.) almah
Faz uma referência a Mirian, uma irmã mais velha de Moisés.
Na Torah somente este plural é encontrado cinco vezes. Destes, três fala sobre donzelas. Ex:
Tehilim (Salmos) 68:26; Cantares 1:3; Cantares 6:8;
Tehilim Crônicas15:20 (do Salmos) 46:1 e 1.
Bereshit(Genesis) 24/16.
16 A donzela era muito formosa à vista, virgem, a quem varão não havia conhecido; ela desceu
à fonte, encheu o seu cântaro e subiu.
Algo realmente estranho e nada decente para um Homem Judeu!!!!!!!!!!
Porém, os mórmons, na tentativa de justificarem o uso do nome Alma em um personagem masculino, citam as cartas de Bar Kobha, onde aparece 'Alma ben Yehuda' (Alma o filho de Yehuda).
Para resolver essa questão, foi perguntado ao Dr. Peter S. Field:
"Que importancia podemos dar as Cartas de Bar Kochba na construção da História de Israel?"
"De acordo com os anais arqueológicos as Cartas de Bar Backba é o conjunto de 15 cartas encontradas pelo arqueólogo israelense Yagael Yadim numa expedição de sua equipe a uma caverna em Nahal Hever perto das aldeias de En Gadi, na costa Ocidental do Mar Morto em março de 1960.
Todas as Cartas foram ascritas como planejamento militar por Simon Ben Kosiba e endereçadas a Yohanathan e Masabala, excetuando-se uma que fora endereçada a judeu desconhecido apenas mencionado como Yehudan ben Menish. Essas Cartas foram escritas no período de guerra, ou revolta entre os Judeus e os Romanos entre 130-136 EC. quando o imperador romano Adriano(117-138) queria que os nascidos judeus não fossem circuncidados para formar uma nova cidadania de Romanos.
Os judeus se rebelaram e acharam em Simon, filho de Kosiba um líder religioso e militar como instigador dessa Revolta.
Simon Ben Kosiba gostava de ser chamado de "Bar Kochba" (Filho da Estrela). Nessas Cartas ele se rotulava de "Principe de Israel". As Cartas de fato de per si não revelam os acontecimentos desse período como se sem elas não houvesse outras fontos mais seguras. Havia o conhecimento desse período antes mesmo do descobrimento das Cartas em 1960.
Assim podemos com toda certeza afirmar que tais Cartas não são de carater indispensável para a arqueologia moderna, embora possuam muitas informações duvidosas quanto a nomes e locais"
Dr. Peter S. Field,
Prof. de História
University of Canterbury
Warehouse
20 Kirkwood Ave, Ilam
Christchurch 8041
New Zealand
Dr. Sean Greenwood, chefe do Dept de História da Canterbury Christchurch University College também afirmou (por email):
As Cartas de Bar Kochba ancontradas pelo arqueólogo Yagael Yadin em sua exploração nas carvenas de Nehal Hever contribuíram para nossa compreenção da vida cotidiana no sul da judéia e do período entre as duas revoltas jordanianas, agora elas nunca pretenderam ser um marco isoladamente fundamental para a História dos hebreus. Uma vez que outros achados anteriores traçavam melhor esse periodo.
Desse modo as Cartas de Bar Bachba tem uma importância para a História de Israel, mas não se pode denominar de O Achado devido seu conteúdo enigmático, contraditório e muitas vezes não confiáveis de tais registros
Dr. S.Greenwood
Dept de Historia.
O Dr. Risa Levitt Kohn, professor associado de estudos religiosos na Universidade Estadual de San Diego, que foi o autor do comentário do site do Museu de Historia Natural de San Diego sobre os achados de Yadim (veja AQUI), cedeu uma entrevista a revista americana Newsweek (15/08/1985, p.19):
"Embora as Cartas de Nahal Hever, descobertas em 1960 possuam um grande fundo histórico para a comunidade judaica NUNHUM DAQUELES REGISTROS podem nos fornecer informações CONFIÁVEIS dado o carater duvidoso de Simon Ben Kosiba Até mesmo um de seus destinatários, Yehuda ben Mesish, pode não ter tido uma existencia real, como afirmou Yagael Yadim." (grifos meus).
Bravo investigadora!
ResponderExcluirEu já tinha sido confrontado com esse argumento Mórmon do nome Alma...
Obrigado.
Obrigada Paulo
ResponderExcluirMas que fique claro que o texto não é meu. A fonte está abaixo do texto, mas eu o julguei tão claro que achei por bem colocá-lo aqui.
Abs
Daniel escreveu:
ResponderExcluir"Peculiar de vossa senhoria não citar o nome ALMA que é encontrado nos Pergaminhos do Mar Morto.
Também muito interessante omitir a ordem sacerdotal de Qumran: 1 Sumo Sacerdote (que possuia o URIM e o TUMIM), 2 conselheiros, 12 Sumos Sacerdotes. Bispos, Patriarcas com suas respectivas bênçãos patriarcais. Sacerdotes que abençoavam o sacramento: PÃO E ÁGUA. Batismo por imersão: ANTES DE CRISTO: SÓ OS MÓRMONS PREGARAM ISSO. Moisés sendo transladado. Mãe celestial chorando a queda de Lucifer nosso irmão que se rebelou com 1/3 dos filhos de Deus. Iosef, filho de Iosef sendo um mártir e prevendo uma restauração de todas as coisas por um outro Iosef, filho de Iosef, da linhagem de Efraim. Cristo sendo casado com Maria Madalena (Evangelho de Filipe). Os detalhes da criação, tal como encontramos no Templo. No Apocalipse de Abraão mais cerimônias do Templo, unção, garments, palavras secretas (eu prefiro dizer sagradas), o relato sobre um membro da comunidade que por embriagues pensou ter ditos as palavras sagradas com seus respectivos significados que ao acordar sofreu por achar ter profanado o Santíssimo e recebido sua condenação. Selamento para toda a eternidade, laminas com reflexos (semelhantes a um espelho) em ambos os lados na sala de selamento. O Novo Templo que seria construído. Enfim, minha prezada Historiadora, por que os omitiu? Pelo o que leio em vosso blog não é de vossa estirpe a omissão, crio que ainda não os conhece. Abaixo, humildemente sugiro obras para uma leitura proveitosa ...
Allegro, John Marco, The Dead Sea Scrolls (Pelican, 1956)
Cross, Frank M., The Ancient Library of Qumran (Anchor Books, 1961)
Danielou, Jean, The Dead Sea Scrolls and Primitive Christianity (Mentor, 1958)
Davies, A. P., The Meaning of Dead Sea Scrolls (Signet, 1956)
Gaster, Theod. N., The Dead Sea Scriptures in English (Douhleday Anchor 1957)
Schonfield, Hugh J.,Secrets os Dead Sea Scrolls (A.S. Barnes, 1957) "
Daniel
ResponderExcluirNão publiquei as longas citações do LdM, porque nada acrescentam ao seu argumento.
Quanto às suas afirmações, são um tanto, digamos, conflitantes.
Especialmente após estudar sobre a "queda de Lúcifer e seus seguidores", que foi uma história INVENTADA pelos tradutores da bíblia para o inglês.
Apenas essa história, se você ler o link que sugeri no post anterior (sobre o livro de mórmon e o problema com Lúcifer) já desbanca essa afirmação.
Não sou uma estudiosa dos escritos do Mar Morto, mas se a origem de todas as suas informações aqui colocadas foi a mesma da história de Lúcifer, sugiro que tome mais cuidado com suas fontes.
Quanto à "só a igreja SUD", eu já ouvi muito, e qual não foi minha decepção ao estudar e descobrir que não, não é só a igreja SUD que: fala de famílias eternas, fala sobre palavra de sabedoria, tem profetas, um profeta recebeu pergaminhos (livros), traduziu e isso foi a base da igreja restaurada, tem o nome de Cristo, etc etc etc.
Ah, em tempo: parece que os escritos do Mar Morto eram, na realidade, uma biblioteca de muitos povos, e não escritos sagrados dos Essênios. Aliás, hoje, levanta-se muitas dúvidas se esse povo realmente existiu ou se não passou apenas de mais uma das histórias contidas nos pergaminhos.
Concordo com vossa senhoria, em parte. Também não creio que durante todo o tempo os "Filhos da Luz", como se intitulavam os membros de Qumran, tivessem inspiração divina, assim como os Zoramitas do Livro de Mórmon, tinham resquícios da verdade, mas se apostataram. Saber se os "Filhos da Luz" possuiam inspiração divina ou o sacerdócio, para escrever algo sacro talvez não seja o ponto mais importante, pois o que intriga é saber que alguém mais possuía "doutrinas estranhas", mesmo que sejam coletanias de vários povos. Muito me decepciona perceber que uma Doutora, uma constante pesquisadora cientifica, ao se deparar com novos argumentos procura simplesmente refutar sua fonte de maneira sutil, não os citei para injuriá-la, apenas para saber se vossa senhoria já possuía uma posição sobre o assunto. Respeito vossa postura ao dizer que (ainda) não é uma estudiosa dos Escritos do Mar Morto, mas sei que eles chamaram sua atenção, assim como os registros da Caverna dos 1000 Budas. Não citarei fontes para não influir durante vossa eventual pesquisa, mas saiba que sou um admirador do seu trabalho e gostaria de ler idéias suas bem trabalhadas sobre o assunto. Lastimável a interpretação textual sobre meu comentário, talvez na pressa em responder não tenha percebido em que ponto do comentário havia citado "só os SUD alegam" e ao se deparar com um argumento já trabalhado simplesmente os destilou. E SIM acrescentavam ao meu argumento as citações do LDM, não infringi com nenhum dos seus requisitos que regulamentam a postagem de comentários, por isso creio ser justo não editá-los, o propósito de citá-los era na esperança de aprender com seu possível argumento o fato desse livro atestar que haveriam novos registro que testificariam do LDM, diferente do que ouvimos "a Bíblia é completa" ou interpretações equivocadas sobre "aquele que acrescentar algo a este livro", ou ainda "ainda que eu mesmo ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho"... Mas agradeço mesmo assim.
ResponderExcluirDaniel
ResponderExcluirPercebi que você, ao usar o "muito me decepciona", "lastimável", etc o faz por eu discordar totalmetne do seu ponto de vista.
Nãorefutei a informação, a priori, sonre a queda de Lúcifer, de foma sutil, mas de forma muito clara e objetiva.
Esta história então, não pode estar nos escritos do Mar Morto simplesmente porque foi acrescentada à Bíblia muitos anos APÓS a morte de Cristo.
De todas os pontos que você citou, esse é o único que posso analisar, sem "aceitar", ainda mais porque NÃO TEMOS a tradução dos escritos.
Os demais pontos eu ralmente não conheço. Eu apenas disse que, se você os leu na mesma fonte que conta a história de Lúcifer, para ser cuidadoso, pois pode estar propagando uma falsa informação.
Neste blog nào tenho intenção de convencê-lo, nem ser convencida. Mas de aprender com debates e informações que muitos leitores trazem, como já aconteceu várias vezes.
Novamente, esse assunto é um tanto delicado, pois não temos as fontes (os escritos), mas apenas pedaços aqui e ali que são publicados, e anúncios de estudiosos. Portanto, bradar que eles faziam rituais como os mórmons hoje fazem, para mim, parece um tanto apressado.
Se você leu tais declarações do Maxell Institute (antiga FARMS), também tome cuidado. Muitas das afirmações e textos por eles publicados já foram desmentidos.
E quanto aà sua afirmação de que "batismo por imersão antes de Cristo - apenas os SUD pregam isso", continuo afirmando que meu conhecimento é extremamente limitado, mas já ouvi muito "apenas os SUDs" e descobri, depois de algum tempo e leitura, que não, nào eram apenas os SUDs. Outos ANTES dos SUDs já pregavam tais coisas... portanto, mantenho meu argumento.
Abs