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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quem são os lamanitas? parte 5 - outros povos


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Texto traduzido e adaptado de http://www.utlm.org/newsletters/no103.htm

Outros nas Américas?

Além do problema da língua, há também o problema do tamanho da população no Livro de Mórmon.

Os imigrantes em pequenos grupos da história simplesmente se reproduziram a uma velocidade impossível para uma civilização, sem o auxílio da medicina e tecnologia avançada na produção de alimentos em massa.

O grupo de Leí e os seguidores de Muleque, que chegam cerca de 600 aC, provavelmente não continham mais de trinta a cinquenta adultos na idade de reprodução (See the chapter "Multiply Exceedingly: Book of Mormon Population Sizes," by John C. Kunich, in New Approaches to the Book of Mormon).

No entanto, depois de apenas 400 anos, apenas os lamanitas, sofreram uma perda de 3.000 homens em uma batalha. Como a maioria dos exércitos representam uma fração da população total, temos um número populacional incrível na época.

Southerton deu o seguinte resumo dos números das batalhas do Livro de Mórmon:

“Cerca de um terço do Livro de Mórmon é dedicado a uma entediante procissão de batalhas entre os lamanitas e nefitas. As mortes decorrentes destes conflitos fornecem indicações mais frequentes do tamanho dessas populações judias deslocadas.

“Por exemplo, em 190 aC, uma única batalha tira a vida de 3.000 lamanitas (Mosias 9:18). Em 90 aC, batalhas semelhantes afirmam que quase 20.000 vidas foram destruídas (Alma 2:19).

“Não é incomum dezenas de milhares de pessoas serem mortas em um único ano no Livro de Mórmon. Além disso, o livro fala sobre a saída de milhares de homens, mulheres e crianças dos principais centros da civilização para as "terras do norte".... 

“Durante os últimos cem anos de sua história escrita, essas duas nações passaram lutando uma contra a outra em uma série aparentemente irracional de guerras, onde centenas de milhares foram mortos.

“Na batalha final, cerca de 385 dC, um exército dos lamanitas abateu massivos 230 mil homens, mulheres e crianças Nefitas (Mormon 6). A população lamanita, capaz de sustentar um exército desse tamanho, capaz de infligir tal carnificina, certamente era composta por milhões.” (Losing a Lost Tribe, pp. 12-13).

Para contornar esse dilema populacional óbvio, apologistas SUDs afirmam que os povos indígenas se juntaram aos jareditas e leítas, permitindo um crescimento mais rápido do que aconteceria de outra forma.

Southerton aponta os problemas para quem argumenta que os jareditas e leítas se casavam com os povos indígenas. O Livro de Mórmon simplesmente não menciona quaisquer outros grupos:

 “Uma consequência importante desta compressão da geografia e do reconhecimento da presença dos povos que não estão no livro de Mórmon é ter que explicar como o grande número de povos nativos, que viviam nas Américas, interagiram com os descritos nas placas de ouro.  

“Infelizmente, o Livro de Mórmon oferece pouca informação nesse sentido. Não há qualquer indicação nos escritos que os grupos leíta ou jaredita entraram em contato com qualquer povo nativo, cuja origem não pôde ser contabilizada no livro...” (Losing a Lost Tribe , pp. 159-160).

Eruditos SUDs reconhecem que o grupo de Leí era uma pequena colônia quando aportou nas Américas, mas argumentam que eles logo incorporaram os povos indígenas em sua sociedade. 

Eles afirmam que muitas dessas outras pessoas, provavelmente, se juntaram aos lamanitas, o que explicaria o seu rápido crescimento. Assim, o termo "lamanita" não precisa significar que todos eles eram descendentes apenas de Lamã.

Brent Metcalfe responde a esse argumento em seu artigo "Reinventing Lamanite Identity":

“De fato, uma leitura atenta do Livro de Mórmon revela que a narrativa não diz nada sobre "outros" povos indígenas e, de fato profeticamente opõe-se a fazê-lo... 

“Quando a ancestralidade é identificada, todos os povos pós-jaredita – nefitas e não nefitas, bons e maus, grupos e indivíduos – de forma consistente, traçam sua genealogia de volta aos fundadores imigrantes israelitas.

“Amom, por exemplo, diz que é ‘um descendente de Zarahemla’ (Mosias 7:13; ver também v.3), que era um descendente de Muleque, e daqueles que vieram com ele para o deserto’ (Mosias 25:2), e Muleque era "o filho de Sedecias" o rei judeu (Hel. 6:10; cf Omni. 1:15).

“O dissidente nefita Coriântumr era [também] um descendente de Zarahemla (Hel. 1:15)...O rei lamanita Lamôni, como os leitores aprendem, era ‘um descendente de Ismael’ (Alma 17:21; cf V.19)..

“Séculos depois dos Leítas desembarcarem em sua nova terra prometida, um grupo de lamanitas ‘que se juntou ao povo do Senhor’ não incluía os dissidentes nefitas, ‘mas eram descendentes reais de Lamã e Lemuel’ (Alma 56:3).

Lamanita não remete necessariamente a um descendente de Lamã, nem nefita a um descendente de Néfi, mas eles são universalmente descritos pelo narrador do Livro de Mórmon como israelitas...  

“Os leitores Livro de Mórmon não são informados de um único nefita ou lamanita que descendam de alguém que não seja israelita. 

“[Os estudiosos SUD] ainda têm que explicar convincentemente por que todos os personagens do Livro de Mórmon – inclusive Deus – aparentemente não sabem nada sobre as hordas dos povos indígenas que as teorias revisionistas exigem. 

“Por que as revelações de Joseph Smith sobre o Livro de Mórmon são confiáveis o suficiente para extrair uma detalhada geografia limitada, no entanto, suas revelações sobre a identidade indígena e suas origens são falhas, se não erradas? E por isso sua palavra deve contar mais do que a dos profetas SUDs, por um lado, e dos estudiosos seculares por outro lado?” ("Reinventing Lamanite Identity," by Brent Lee Metcalfe, Sunstone, March 2004, pp. 21-23).

Em agosto de 2004, no Simpósio Sunstone, David Anderson apresentou um trabalho intitulado "The Secrets of Nim's [Necessary, Inferred Mayans]: When the Book of Mormon was Dictated, Were There 'Others' in it?" Ele descreveu as quatro fases que os defensores passaram tentando identificar os povos do Livro de Mórmon:

1 - Originalmente mórmons ensinaram que todos os índios americanos eram descendentes de israelitas e Leí.

2 - Quando a pesquisa começou a apontar para os asiáticos como os antepassados ​​dos índios americanos, os Mórmons revisaram suas afirmações, dizendo que poderiam ter havido outros nas américas, mas eles não se misturaram com os israelitas.

3 - Como o número de habitantes no Livro de Mórmon ficou sob maior escrutínio, foi alegado que os outros na terra misturaram-se com os lamanitas (e possivelmente com os mulequitas), permitindo assim um enorme crescimento da população.

4 - Agora que o DNA comprovou que quase todos os índios americanos descendem de siberianos, os defensores SUDs alegam que os descendentes de Leí se misturaram e perderam a sua identidade genética. Se os israelitas do Livro de Mórmon pousaram em um país já povoado, por que não há referência específica a essas outras pessoas?

    Não haviam batalhas pela supremacia, dignas de menção?

    Nenhum história de conversão desses "outros", quando eles se voltaram para o Deus de Israel?

    Certamente encontrar vários grupos pagãos, que eram muito mais numerosos do que o grupo de Leí, todos falando línguas diferentes, teria merecido uma ou duas linhas.

    Vamos acreditar que esses pagãos humildemente se juntaram ao pequeno grupo de israelitas?

    Em todo o Antigo Testamento, há referências às civilizações que cercavam os israelitas e suas batalhas. Por que não há referências similares no Livro de Mórmon? 

    4 comentários:

    1. Cara Investigadora...

      ... vc realmente está de PARABÉNS pelo excelente e minucioso trabalho de pesquisa no qual está engajada. Fui membro dessa igreja por 12 anos e após me cansar de "justificar" doutrinas contraditórias, tive a CORAGEM de sair... mas vivi mtos dos conflitos aqui relatados por membros bem intecionados como: relutância em aceitar o qto fui enganada por tanto tempo, tb senti a dificuldade de negar que àqueles "doces" sentimentos ora ditos que eram "sentir o Espírito" eram apenas sentimentos aos quais estávamos pré dispostos a sentir. Acredito na natureza doce de tais sentimentos qdo ajudamos algúem, olhamos a natureza, ouvimos uma boa música, etc ....esse apelo para o "emocional" é mto forte nessa igreja e me "segurou" lá por mto tempo. Após 5 anos fora, me sinto realmente livre e com a mente aberta para "verdades" como estas. "E conecereis a verdade e a verdade vos libertará." (João 8:32).

      Mais uma vez quero parabenizá-la pelo trabalho e muito obrigada.

      Abs

      Rogéria

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      1. Rogéria

        De fato, é necessária muita coragem para romper com as situações que estão, de certa forma, confortáveis. Mas é necessária muita falta de caráter saber de tantos erros e viver diante de tantas mentiras e continuar aceitando isso apenas por acomodação.

        Portanto, parabenizo-a por sua coragem e seu caráter!

        Abs

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    2. Joseph smith, criou uma seita para durar no máximo 160 anos,(infelizmente os líderes mórmon atuais , através de mentiras, veem prolongando seu fim) periodo que não havia internet, exames de DNA, e vários outros meios de estudos . Ele usou da ignorância do povo e da falta de meios que pudessem comprovar a fraude criada por ele, mas felizmente nesta vida o tempo passa, tudo passa e verdade sempre será descoberta. VIVA A INTERNET, VIVA O DNA , VIVA A VERDADE.

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      1. FALUZ47

        Mas muitos negam o DNA, as informações verdadeiras e continuam seguindo o que acham que é uma queimação no peito. Pode uma coisas dessas????

        Abs

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