Muitos ex-mórmons acabam desistindo de, ao menos tentar retirar seus nomes dos arquivos da igreja devido à grande dificuldade imposta pela igreja.
Isso, por si, já é um absurdo, pois para se batizar, há uma agilidade imensa, e o membro precisa apenas assinar um formulário já pronto, completamente preenchido, que será dado à ele.
Vejamos aqui a via crucis que alguns membros passam para tirarem seus nomes dos registros da igreja.
1 - Uma carta deve ser escrita, assinada e enviada para o bispo do último local onde você frequentou aigreja SUD.
Problema: muitas vezes, o bispo apenas engaveta a carta e a "esquece" para todo o tempo e a eternidade.
Solução: envie uma carta ao Bispado e a mesma carta à Presidência da Estaca, com Aviso de Recebimento (AR). Esse AR é comprado no próprio correio, no momento de enviar a carta. Nele, especifique o conteúdo da carta:
"Pedido de retirada de meu nome dos arquivos da Igreja SUD."
Com esse AR, quem receber a carta, terá que assiná-lo, e apenas assim a carta será entregue ao Bispo e ao Presidente da Estaca. Com a assinatura de quem quer que seja (mesmo se não for do Bispo e do Presidente da Estaca), este passará a ser um documento, que foi entregue e que quem o recebeu está ciente de seu conteúdo.
O AR retornará ao seu endereço, com a data de entrega carimbada, com a declaração escrita por você e com a assinatura de quem recebeu a carta. Guarde esse documento.
2 - Mesmo se na carta você abrir mão de qualquer reunião com as autoridades locais da igreja, o bispo dirá que só poderá encaminhar a carta à Estaca APÓS essa reunião.
Solução: você pode enviar uma carta ao Bispo, e a mesma carta ao Presidente da Estaca. Não há necessidade de comparecer à esta reunião, se você assim especificou na sua carta.
3 - Poderá haver uma tentativa de transformar sua saída - que foi solicitada por sua vontade - em excomunhão. O orgulho mórmon não permite que ninguém saia da igreja por não acreditar em Smith e por discrodar de suas doutrinas, mas é com bom grado que eles excomungam as pessoas, pois assim é a igreja que não os quer mais, e não vice-versa.
Solução: deixe bem claro que em nenhum local poderá constar a palavra "excomunhão". Aliás, essa palavra sempre denotará um ato imoral cometido por você.
Não permita qualquer um desses abusos. Cite o Manual de Instruções da igreja, e diga que sabe seus direitos.
Dois exemplos de cartas podem ser encontrados AQUI.
Mais dúvidas? Escreva-as e tentaremos responder.
Só gostaria de fazer algumas ressalvas em relação a esta publicação.
ResponderExcluirConcordo com o fato de geralmente ser complicada a remoção de um nome, e explico alguns motivos:
1. As vezes o bispo não sabe como proceder;
2. O processo é burocrático (não deveria), pois uma vez que o nome da pessoa for removido, é muito, mas muito mais complicado para esta pessoa ser aceita novamente. Por isso alguns bispos tentam "convencer" a pessoa a não fazer isso, o que esta errado, pois o bipo deve sim atender de prontidão o pedido por escrito. O que precisa é que o bispo se certifique que a pessoa compreende as consequências (cancelamento do batismo, revogação de bençãos etc.), para isso se o bispo tiver alguma dúvida ele pode visitar a pessoa, telefonar, não é necessária uma reunião formal;
3. Não precisa de uma carta tão complexa como no exemplo, basta deixar clara a decisão;
4. Quanto ao fato da excomunhão, o que acontece na realidade é que algumas pessoas cometem atos imorais, sabem que vão passar por um processo disciplinar o que provavelmente resultará em uma excomunhão, e acabam fazendo a solicitação de remoção de nome para não ser excomungado. Pode ser que o processo de excomunhão já esteja ocorrendo;
5. Não precisa ser uma carta no correio com AR, pode ser entregue em mãos, mas acho interessante a cópia para o presidente da estaca, assim ele vai estar ciente e verificar se o bispo procedeu corretamente;
Enfim, este é um processo que não recomendo a ninguém, mas cada um tome sua própria decisão tendo em mente as consequências de seus atos.
Vieira
ResponderExcluir1 - Se o Bispo não sabe como proceder, basta abrir o Manual de Instruções da Igreja. Lá tem tudo muito bem explicado. Aliás, ele já se encontra disponível também na internet, para quem quiser.
2 - A constituição garante o MESMO direito de me filiar ou desfiliar de qualquer instituição religiosa. Há vários casos, relatados aqui e em comunidades sociais, onde o Bispo diz que ainda não enviou a carta ao Presidente da Estaca por mil e uma razões, ou nem ao menos explica o porquê, e simplesmente fica "ganhando tempo". Uma verdadeira falta de respeito com o ser humano que fez a solicitação.
3 - MODELO. Deixei dois modelos de carta. Cada um escreve como quiser e o que quiser. Não escrevi, em local algum, que era um padrão de carta a ser seguido ou coisa do tipo.
Quando queremos encontramos pelo em ovo, não é?
4 - Como você pode responder o que acontece na realidade? Já vi casos de pessoas que enviaram a carta solicitando seu desligamento, foi chamado para uma reunião com o bispo, e este queria que o membro, após a reunião, assinasse um documento com a opção EXCOMUNHÃO marcada. Portanto, nào fale de todos os casos, pois você não sabe da missa o terço!
5 - É preciso mandar com AR SIM!!!!
Justamente para evitar que um processo de excomunh~ao se inicie APÓS o pedido de retirada do nome da igreja. Esse documento é o unico que a pessoa terá como prova que ela iniciou o processo ANTES.
Este é um processo que recomento a todos os ex-membros, que tem certeza que esta não é, nunca foi e nunca será a igreja verdadeira. As consequências serão não ter seu nome fazendo numero e sendo contado como milhões de membros - mesmo totalmente inativos - apenas para provar "como a igreja tem adeptos".
E viva a liberdade!!!!!!
Abs