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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ALFABETO E GRAMÁTICA EGÍPCIAS

ALFABETO E GRAMÁTICA EGÍPCIAS

Texto traduzido e adaptado de Examining the Book of Abraham - Chapter 5

Comparando o Facsímile n º 1, publicado no Livro de Abraão, com o primeiro fragmento do papiro original, é óbvio que este fragmento particular foi a fonte do Facsímile publicado. Embora as semelhanças sejam evidentes, elas são ainda mais expressivas quando ampliadas para o tamanho real e em uma resolução maior (figura abaixo). - veja mais detalhes AQUI.



No entanto, o que dizer do texto? Como podemos saber se temos o papiro original usado na tradução de Joseph Smith do Livro de Abraão? Isto pode ser determinado? A seção do papiro acima é o início do rolo. Da esquerda para a direita, conforme escrito pelos egípcios, podemos perceber que a próxima seção contém apenas hieróglifos - veja na figura abaixo. É possível que esta seção seja a origem do livro de Abraão? 
 (Fotos cortesia do Institute for Religious Research)

Como ainda existem os "Papéis Egípcios de Joseph Smith" nos arquivos Igreja, sabemos com certeza onde o Livro de Abraão veio – quais símbolos eram usados, e de qual fragmento do papiro o texto derivou.

Os "Papéis Egípcios de Joseph Smith"  consistem em parte do seguinte: um "alfabeto e gramática egípcia", com o qual Joseph Smith tentou decifrar a língua egípcia, e três "Manuscritos Traduzidos", onde em cada página possui um símbolo egípcio na margem esquerda com o texto supostamente correspondente em inglês do lado direito.

Abaixo está um exemplo da seção do papiro em questão, e ao seu lado, uma página correspondendo ao manuscrito escrito – contendo o hieróglifo e seu significado. Observe que não só os mesmos símbolos egípcios estão presentes em ambas as fontes, mas ocorrem na mesma ordem! Por exemplo, o símbolo 1 corresponde à explicação do parágrafo 1, o símbolo 2 corresponde ao parágrafo 2, e assim por diante.

Os três diferentes "Manuscritos Traduzidos" seguem exatamente o mesmo padrão: símbolos egípcios desenhados na margem esquerda seguidos do texto em inglês na margem direita.

Os dois Manuscritos Traduzidos chamados "BAbr MS 1a" (escrito por Frederick G. Williams) e "BAbr MS 1b" (escrito por Warren Parrish) foram feitos simultaneamente, a partir dos ditados de Joseph Smith.1 Cada manuscrito usa os mesmos símbolos , na mesma ordem, e atribui quase exatamente o mesmo texto de inglês para cada símbolo. Infelizmente, a atual BAbr MS 1a existente abrange apenas Abraão 1:4 a 2:6, e a atual BAbr MS 1b existente cobre apenas Abraão 1:4 a 2:2.

O terceiro manuscrito traduzido, chamado "BAbr MS 2" é ligeiramente maior - abrangendo Abr 1:1 a 2:18. É lamentável não existir um manuscrito da tradução que contenha todo o Livro de Abraão. Se a Igreja possui uma tradução completa do manuscrito, ela não o divulgou e, certamente, não será liberada para o público.

O BAbr MS 2 está dividido em três partes: a primeira metade de uma página foi escrita, de acordo com o ditado por Joseph, por William W. Phelps, com a maioria das sete páginas seguintes copiadas da BAbr MS 1b, concluindo com o ditado escrito por Warren Parrish.2 Portanto, o BAbr MS 2 possui material que os outros dois manuscritos não têm.

Abaixo, estão os scans da margem esquerda de todas as 10 páginas de BAbr MS 2 (cortesia de H. Michael Marquardt).

Uma das coisas importantes a serem notadas é que todo o manuscrito usa os símbolos do papiro na ordem correta, ou seja, da direita para a esquerda. Devemos também fazer a ressalva que, neste período, ele estava aprendendo hebraico com um tutor particular. Esta língua, assim como o egípcio, é lida da direita para a esquerda.

Mesmo quando há uma parte que está ausente (ou seja, uma lacuna), parece que Joseph aparentemente estimou quantos símbolos existiam originalmente ali e então preencheu a o texto egípcio com os símbolos de sua própria imaginação.


As explicações seguem na própria figura, em vermelho:








É interessante notar que cada símbolo egípcio, por ser traduzido por um grande número de palavras, é usado por críticos e defensores do Livro de Abraão para apoiar seus argumentos. Os críticos usam isso como prova de que Joseph não tinha a mínima idéia de como traduzir o egípcio, enquanto que os apologistas usar a premissa absurda de que tantas palavras serem representadas por cada símbolo é uma prova de que Jossph não poderia ter simplesmente traduzido o referido livro, mas o recebido de forma divina.

Algumas das diferentes posturas dos defensores do Livro de Abraão afirmam que os símbolos egípcios desses manuscritos em traduzidos ali estavam como "decoração", ou como um exercício para os escribas, para "estudarem as coisas além de suas mentes", para que pudessem, de alguma forma, tentar entender o que se passava com Joseph Smith.3

No entanto, quando vemos todas as dez páginas de manuscritos em conjunto, fica muito claro que o uso dos símbolos egípcios não foi feito de forma decorativa. Também não foi ao acaso. Existe uma organização na forma como eles são usados nesta tradução do manuscrito, e parece muito racional.

A questão básica é que estes fragmentos particulares do papiro foram definitivamente utilizados no processo de tradução, como evidenciado em parte pela tradução manuscrita acima. Portanto, parece muito seguro concluir o papiro em questão foi o que originou o Livro de Abraão.



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Notas:

1. H. Michael Marquardt, The Joseph Smith Egyptian Papers, p. 167
2. H. Michael Marquardt, The Joseph Smith Egyptian Papers, p. 146
3. Aliás, eu nunca vi uma tentativa de um apologista explicar como os símbolos arbitrariamente colocados ao lado do texto em Inglês poderiam ajudar os escribas a estudarem o processo de tradução "além de suas mentes", e parece totalmente incompreensível que os escribas fariam isso se Joseph Smith não especificasse quais os símbolos, ou pelo menos qual seção específica do papiro que ele estava usando para produzir esta "tradução".

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