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sábado, 7 de agosto de 2010

O FACSÍMILE 2



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O FACSÍMILE 2

Texto traduzido e adaptado de Examining the Book of Abraham - Chapter 7

Conforme discutido anteriormente, o papiro onde contém o Fasímile 1, também contém os hieróglifos “traduzidos” por Smith e o Facsímile 3. Porém, onde se encaixa o Facsímile 2 (figura abaixo)?



Historicamente, os SUDs foram levados a acreditar que ele estava no mesmo documento - ie., no documento manuscrito de Abraão.

Lembremos que Joseph recebeu quatro múmias. Com elas, estavam presentes cinco diferentes textos.1 Os três textos que se aplicam ao nosso estudo são:

1. A Autorização da Respiração de Or.

2. O Livro dos Mortos, documento pertencente à senhora Tshenmîn, cuja mãe era Skhons. Os escritos datam da segunda metade do período Ptolomaico, talvez em torno de 100 aC. Este é o papiro que Joseph Smith acreditava conter o livro de José.

3. O Livro dos Mortos, documento pertencente a uma pessoa chamada Sheshonk.

O último documento (3) era um “hipocéfalo", assim chamado por ser colocado sob a cabeça do morto (ou seja, literalmente "hipo"- sob, "cephalus"- cabeça), a fim de manter magicamente a cabeça quente e preservada. 2

O Facsímile n º 2 é um hipocéfalo feito para Sheshonk. Joseph Smith simplesmente usou este desenho, combinou-o com as duas vinhetas do Livro de Permissão de Respiração de Or, e incluiu-o em seu Livro de Abraão.

Traduzir e interpretar o hipocéfalo é um pouco mais difícil do que as vinhetas de Or, pois Reuben Hedlock fez uma cópia ruim do desenho e houve uma restauração incorreta de áreas degradadas no documento original.

Uma representação inicial - provavelmente a primeira - deste hipocéfalo encontra-se abaixo. Observe a clara indicação das regiões que estão ausentes no papiro.

As vinhetas nas secções danificadas foram provavelmente "restauradas" da mesma forma que Anubis foi "restaurado" na primeira vinheta de Or. 

Já a escrita na borda e o quadrado bem à direita da região central (foto abaixo) foram "restaurados” através de cópia dos hieróglifos contidos no Livro de Permissão de Respiração de Or. 

Sabemos que eles são os mesmos hieróglifos do Livro de Permissão de Respiração de Or porque são hieráticos, em oposição aos hieróglifos (que compõem o resto dos escritos deste hipocéfalo). Ainda, é possível determinar especificamente de quais linhas específicas dos Papiros de Joseph Smith esta escrita hierática foi copiada.



Figura abaixo: localização do hipocéfalo e, em destaque, as "restaurações" feitas por Smith. Na segunda foto, as restaurações em destaque.





Uma nota sobre os hipocéfalos em geral

Antes de nos aprofundarmos na interpretação e tradução do hipocéfalo conhecido como Facsímile 2, vamos nos familiarizar com os hipocéfalos em geral.

Embora Joseph Smith aparentemente pensasse que este hipocéfalo fosse um estudo dos conceitos cósmicos, os egípcios o conceberam como um documento funerário que continha imagens e textos selecionados de suas crenças religiosas de longa data, que ajudaria o falecido ao longo de sua jornada rumo à vida após a morte. Mesmo a forma da hipocéfalo era significativa neste contexto.

Para os antigos egípcios, o círculo simbolizava a eternidade, e eles usaram-no no glifo denominado "shen" (foto à direita), que se parece com um círculo feito de uma corda. Muitas vezes, o disco solar é representado no centro dele. A palavra “shen” vem da palavra “shenu", que significa abraçar. Na sua forma alongada, o “shen” torna-se uma cártula que envolve o nome do rei. 

Outra maneira de escrever a eternidade era duas cordas torcidas de cada lado do sinal de Ra, que também era um círculo, mas com um ponto no centro. No contexto do hipocéfalo, a forma de um círculo, sem dúvida, representa a eternidade.

A escrita e vinhetas dentro do círculo que compõem o hipocéfalo são sobre a transformação. Transformação é a palavra-chave no conceito egípcio da jornada na vida futura. O falecido se transforma em um ser espiritual, ou seja renasce como um. Para simbolizar isso, os antigos egípcios usaram o fenômeno mais evidente da natureza que conheciam - o sol e seu renascimento diário. Imagens da fertilidade também são usadas, muitas vezes em paralelo com animais, como bois, carneiros, etc

Quanto ao conteúdo específico no interior deste hipocéfalo, vulgarmente conhecido como Facsímile 2, temos aqui um pequeno resumo:

Começando com a escrita na parte inferior, pede que o túmulo do falecido não seja profanado, e que sua alma não seja profanada no outro mundo.

Em seguida, os desenhos na parte inferior (de cabeça para baixo), representam o renascimento ou transformação do morto para a vida eterna e o reino divino. Novamente, simbolizando o processo de renascimento/transformação está o deus da fertilidade Min, seguido pela deusa Hathor, que ali se encontra para cumprimentar o falecido.

Em seguida, avançando para o centro, a condição de vida após a morte é descrita, juntamente com uma invocação solicitando que pudesse ser concedida a vida eterna ao falecido (ver texto à esquerda da vinheta). Por último, o alto simboliza o falecido ganhando a vida eterna.

Além dos desenhos, existem os escritos que eram tirados do Livro dos Mortos (cap. 162) 3, e que eram personalizados para cada pessoa com quem o hipocéfalo seria sepultado. No Facsímile 2, o escrito era originalmente em hieróglifos (a forma antiga de escrita egípcia), mas muitas das seções que faltam no original foram preenchidas com símbolos hieráticos (que foi uma forma de escrita egípcia recente).

Os hipocéfalos apareceram pela primeira vez em torno de 663-525 aC 4, que é, naturalmente, muito distante da época de Abraão, que teria vivido por volta de 2200 aC e 1500 aC.

Facsímile 2 - Número por número

Um dos problemas em discutir Facsimile 2 é que não existe o original. Existe apenas uma forma "restaurada" de forma imprecisa do desenho original. Portanto, em um esforço para visualizar como as figuras originais provavelmente pareciam, vamos observar um hipocéfalo muito semelhantes do British Museum:

Figura 1


Joseph Smith disse que a Figura 1 era:

Colobe, que significa a primeira criação, a mais próxima do celeste, ou seja, da morada de Deus. A primeira em governo, a última pertencente ao cálculo de tempo. O cálculo segundo o tempo celestial, tempo celestial esse que significa um dia por côvado. Um dia em Colobe é igual a mil anos, de acordo com o cálculo desta Terra, que é chamada pelos egípcios Ja-o-e."



Observe as diferenças entre a Figura 1 do Facsímile 2 na esquerda e o mesmo número no hipocéfalo do British Museum à direita. Além disso, lembre-se que esta região foi uma das danificadas no hipocéfalo original (veja a foto mais acima nesta página).

Houve um pouco de controvérsia no passado, entre alguns defensores da Igreja e egiptólogos, se esta figura deveria ter quatro cabeças ou se seria possível ter apenas duas. Embora duas cabeças não sejam inéditas nesta figura, neste contexto o número correto de cabeças é quatro, conforme ilustrado na figura à direita.

Quanto à figura 1, o Dr. Samuel A.B. Mercer, Ph.D., disse: 

"Ela representa o deus de quatro cabeças, uma forma de Khnumu no qual ... os espíritos dos quatro elementos estavam unidos”.5

Khnumu, também escrito como Khnum e Khnemu, é um dos mais antigos deuses do Egito antigo. Ele é considerado um deus criador, e teria criado o homem de argila em uma roda de oleiro.6 Quando representado com quatro cabeças, Khnumu estava unindo dentro de si os atributos de quatro outros deuses: Ra, Shu, Gebb, e Osíris – ou seja, as quatro primeiras gerações da criação.7

Os babuínos (Figuras 22 e 23), estão adorando as almas daquele reino.8 No hipocéfalo do British Museum, no entanto, há um simbolismo duplo também. A palavra "ba", que é traduzido como "alma", está escrita com uma perna, e as estrelas eram consideradas as almas dos falecidos.  

Como podemos ver, ambos são retratados no hipocéfalo à direita. Seria interessante ver o original do Facsímile 2. Parece haver indícios de um par de pernas, representando a palavra "ba".

Figura 2


Joseph Smith disse que esta figura: 

"Fica perto de Colobe, chamada pelos egípcios Oliblis, que é a seguinte grande criação governante próxima do celeste, que é o lugar onde Deus reside; também possui a chave do poder em relação a outros planetas; como revelado por Deus a Abraão quando oferecia sacrifício sobre um altar que ele construíra ao Senhor."





Dr. Mercer disse que a Figura 2:

 “Representa um deus com duas faces - o duplo aspecto do sol ao nascer e ao se por." 9 

Esta figura usa o capacete de Amon, e é identificado como Amon-Rá pelo erudito Michael D. Rhodes, da BYU.10 

A representação do sol nascendo e se pondo era muito importante para os egípcios neste contexto, pois simbolizava o renascimento/transformação no reino espiritual após a morte ocorrer. Lembre-se que esta figura também faz parte da região superior do hipocéfalo, em que o falecido tinha alcançado sua meta de vida eterna.

Por sinal, "Oliblish" não é uma palavra conhecida do Egito.

Figura 3


À esquerda, cena do Fac-símile 2 e à direita, a cena original.


À esquerda está a cena 3 de fac-símile 2. À direita está a possível fonte desta cena, que está localizada em uma página do Livro dos Mortos, rotulada como Papiro IV de Joseph Smith, abaixo.


Provável origem da cena 3 do fac-símile 2

A figura 3 está na seção danificada do hipocéfalo original. Como pode ser observado nas três fotos acima, a mesma seção do hipocéfalo do British Museum (direita) é muito diferente daquela contida no Facsímile 2 (à esquerda), mas observe a semelhança entre a foto no meio com a Figura 3 à esquerda. Curiosamente, a imagem do meio é um segmento do papiro identificado como o "Livro de José".

Talvez tenha restado o suficiente do hipocéfalo original para que Joseph fizesse as extremidades de uma barca - perceba que o hipocéfalo do British Museum à direita tem uma barca no mesmo lugar. Talvez Joseph deduziu que poderia colocar uma figura de uma barca na seção danificada, e, querendo ser autêntico e percebendo que havia uma outra figura em um formato de barca no papiro do livro de José, ele pediu que Rueben Hedlock fizesse uma cópia da figura do livro de José para o hipocéfalo.

Eis o que Joseph disse que significava:

"Feita para representar Deus sentado em seu trono, revestido de poder e autoridade, com uma coroa de luz eterna na cabeça; representa também as importantes palavras-chave do Santo Sacerdócio, como reveladas a Adão no Jardim do Éden, e também a Sete, Noé, Melquisedeque, Abraão e a todos a quem o Sacerdócio foi revelado."

Dr. Samuel Mercer identificou a figura como: 

"Hórus-Re sentado em seu barco com o usuário, o cetro real que dá o domínio sobre o céu e a terra em sua mão. Está com ele dois olhos-uzat. Estes eram usados como amuletos para a proteção contra o mau-olhado. Ele está coroado com o disco solar e ruaeus. Uma mesa de oferendas está diante dele. "11

A divindade, no canto superior, é o Bennu, que às vezes era retratado como um pássaro e outras vezes como um homem com uma cabeça de Bennu. O Bennu é um símbolo de estar unido a Ra, uma vez que ele é "a alma de Ra". E o Khepri (abaixo do Bennu) termina a história da transformação do falecido contada no hipocéfalo, descrevendo o falecido como o nascer do sol, ou seja, o morto renasce e é simbolizado como sendo o sol nascendo.

Figura 4


Joseph Smith disse que esta figura: 

"Corresponde à palavra hebraica Rauqueeian, que significa expansão, ou seja, o firmamento dos céus; também um algarismo que, em egípcio, significa mil; corresponde à medida de tempo de Oliblis, que é igual a Colobe em sua revolução e em sua medida de tempo."



Esta figura não parece ser muito comum, mas é interessante. Dr. Mercer disse que ela representa Sokar, 12, provavelmente baseado no fato de que este é um falcão, e Sokar é frequentemente representado como um falcão.

As asas estendidas indicam o domínio do espírito ou vida após a morte, e uma vez que a metade inferior da figura está mumificada, parece que isto representa o falecido – ou seja, a união do falecido com o reino espiritua; o nascimento de Hórus no outro mundo.

Figura 5

Joseph disse que esta figura: 

"Chamada, em egípcio, Enis-go-on-dos; este também é um dos planetas governantes e os egípcios dizem ser o Sol e tomar emprestada a luz de Colobe, por meio de Cae-e-vanrás, que é a Chave suprema ou, em outras palavras, o poder governante, que governa quinze outros planetas ou estrelas fixos, assim como também Floeese, ou seja, a Lua, a Terra e o Sol em suas revoluções anuais. Este planeta recebe seu poder por meio de Cli-flos-is-es, ou Há-co-cau-beam, as estrelas representadas pelos números 22 e 23, recebendo luz das revoluções de Colobe."




Dr. Mercer disse que a figura 5 “representa a vaca de Hathor, atrás da qual está uma deusa com a cabeça de uzat segurando uma árvore sagrada.”

Ele também observou que não existe essa palavra egípcia como "Enish-go-on-dosh”. 13 Kae-e-vanrash, Floeese, Hah-ko-kau-beam e Kli-flos-is-es são transliterações do hebraico que foram, sem dúvida, o resultado do estudo do hebraico que Joseph estava fazendo com o professor Seixas.

No contexto funerário, Hathor é o que recepciona o falecido.

Figura 6

Joseph disse que esta figura: 

"Representa esta Terra em seus quatro cantos."



Estas são entidades muito bem conhecidas como os quatro filhos de Hórus. Defensores das interpretações de Joseph Smith gostam de chamar isso de um "tiro certeiro" para Joseph, em que os Filhos de Horus são associadas com os quatro pontos cardeais da terra, do Norte (Hapy), Sul (Imsety), Leste (Duanutef) e Oeste (Qebehsenuef).

No entanto, chamar a isto um "tiro certeiro" é um exagero. Os quatro Filhos de Horus são associados aos pontos cardeais em apenas um aspecto, e nunca em um contexto funerário como este.13a

Num contexto funerário, o Filhos de Horus eram vistos como protetores dos órgãos internos do falecido. Imsety protegia o fígado, Hapy protegia os pulmões, Duanutef protegia o estômago e Qebehsenuef protegia os intestinos.

Figura 7

Joseph Smith disse que a figura 7

"Representa Deus sentado em seu trono, revelando através dos céus as supremas palavras-chave do Sacerdócio; como também o sinal do Espírito Santo a Abraão, na forma de uma pomba"



Esta figura é claramente o deus itifálico Min. Próximo à Min, mostrado mais claramente no hipocéfalo do British Museum, à direita, está a serpente itifálica que representa Atum, cujo poder de criação foi muitas vezes representado na forma de uma cobra. A pose itifálica enfatiza este aspecto criativo.

Provavelmente o desenho danificado de Atum no Facsímile 2 foi interpretada por Joseph como uma figura "na forma de uma pomba", em vez de uma serpente.

No geral, todo esse registro inferior descreve a entrada do falecido no reino divino na vida após a morte e o início de sua transformação - o seu renascimento para o reino, representado por estas figuras itifálicas.

Figuras 8-11

Joseph deu as seguintes traduções destas figuras:

Fig. 8. Contém escritos que não podem ser revelados ao mundo; mas que se encontram no Templo Santo de Deus.

Fig. 9. Não deve ser revelada no momento.

Fig. 10. Idem.

Fig. 11. Idem. Se o mundo conseguir descobrir estes números, que assim seja. Amém. 


Fig 12-15 - Serão reveladas no tempo do Senhor.




Joseph Smith parece ter numerado as figuras 8-11 de trás para frente. A escrita deve ser lida de cima para baixo, a partir da Figura 11 até Figura 8. Segundo Michael D. Rhodes, da BYU, as figuras de 11 a 8 significam, na verdade:14

Fig. 11 - "Ò deus daqueles que dormem desde o momento da criação"

Fig. 10 - "Ò deus poderoso, Senhor do céu e da terra"

Fig. 9 - "o submundo (abaixo da terra" e suas grandes águas"

Fig. 8 - “conceda que a alma de Osíris Sheshonk possa viver."

Figuras 12-21

Joseph não ofereceu qualquer outra tradução, além de escrever o seguinte:

"As figuras 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21 serão reveladas no próprio e devido tempo do Senhor."

Aparentemente, esse tempo é chegado, pois estas figuras podem ser traduzidas.


As figuras de 12-15 estavam aparentemente danificadas no original, e foram "restauradas" copiando-se os símbolos hieráticos da Permissão da Respiração de Hor de cabeça para baixo.

Um traço da escrita hieroglífica original pode ser estabelecida, mas apenas a expressão "suas palavras" pode ser identificada no final da linha na figura 15. O restante das linhas está preenchido com a escrita hierática retirada das linhas 4 e 5 da Permissão da Respiração de Hor:15
Não só Smith fez uma falsa profecia aqui, como também demonstrou sua verdadeira falta de compreensão da língua egípcia, ao copiar incorretamente personagens existentes do papiro do Livro de Respirações.

Figura 12: (de cabeça para baixo) "perto" e "envolto"

Figura 13: (de cabeça para baixo) "que foi feito por"

Figura 14: (de cabeça para baixo) "respirações"

Figura 15: (de cabeça para baixo) "este livro"

As Figuras 16 e 17 devem ser lidas na seguinte ordem:

Figura 17: "Que esse túmulo nunca seja profanado"

Figura 16: "E que esta alma e seu possuidor nunca sejam profanados no além-mundo" 16.

Três quartos da inscrição hieroglífica original ficaram intactos, e lê-se (no sentido anti-horário): 17




Figura 18: "Eu sou Djabty na casa de Benben em Heliópolis, tão exaltado e glorioso. [Eu sou] um touro copulador sem igual. [Eu sou] aquele deus poderoso na casa de Benben em Heliópolis ... que deus poderoso ... " 





Figuras 19, 20, 21: "Você será como aquele Deus, o Busirian." 18



Figura 22: "O nome deste Todo Poderoso Deus" 19

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Notas

1. The other two fragments were (1) The Book of the Dead belonging to the female musician Amon-Re Neferirnûb; and (2) Book of the Dead belonging to Amenhotep.
See H. Michael Marquardt, The Book of Abraham Papyrus Found, 2nd edition 1981, publ. by Utah Lighthouse Ministry, p. 23, 24; and Klaus Baer, "The Breathing Permit of Hor", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Autumn 1968, p. 111 - Go back to article
2. See this short description of hypocephali by the British Museum - Go back to article
3. Michael D. Rhodes, "The Joseph Smith hypocephalus, Seventeen Year Later". Click here for an online version of this essay. - Go back to article
4. Michael D. Rhodes, "The Joseph Smith Hypocephalus, Seventeen Year Later". Click here for an online version of this essay. - Go back to article
5. Samuel A. B. Mercer, Ph.D., "Joseph Smith as an Interpreter and Translator of Egyptian", from The Utah Survey, Vol. 1, No. 1, September 1913, p. 23 - Go back to article
6. Joann Fletcher, The Egyptian Book of Living and Dying, p. 21 - Go back to article
7. Michael D. Rhodes, "The Joseph Smith Hypocephalus, Seventeen Year Later". Click here for an online version of this essay. See also this short description of Khnemu - Go back to article
8. Michael D. Rhodes, "The Joseph Smith Hypocephalus, Seventeen Year Later". Click here for an online version of this essay. - Go back to article
9. Samuel A. B. Mercer, Ph.D., "Joseph Smith as an Interpreter and Translator of Egyptian", from The Utah Survey, Vol. 1, No. 1, September 1913, p. 23 - Go back to article
10. Michael D. Rhodes, "The Joseph Smith Hypocephalus, Seventeen Year Later". Click here for an online version of this essay. - Go back to article
11. Samuel A. B. Mercer, Ph.D., "Joseph Smith as an Interpreter and Translator of Egyptian", from The Utah Survey, Vol. 1, No. 1, September 1913, p. 23 - Go back to article
11a. I should point out an interesting parallel, however. In another similar Hypocephalus found at the British Museum — a Hypocephalus for the temple musician Neshorpakhered — this same northeast corner is very similar to Joseph Smith's "restoration". Whether you call it "luck" or "inspiration", it certainly is similar, and I have no problem giving Joseph credit for anything he got correct: 





12. Samuel A. B. Mercer, Ph.D., "Joseph Smith as an Interpreter and Translator of Egyptian", from The Utah Survey, Vol. 1, No. 1, September 1913, p. 23
13. Samuel A. B. Mercer, Ph.D., "Joseph Smith as an Interpreter and Translator of Egyptian", from The Utah Survey, Vol. 1, No. 1, September 1913, p. 24
13a. LDS Egyptologist Stephen E. Thompson had this to say: "...it has been repeatedly claimed that Figure 6 in Facsimile 2, which is a depiction of the four sons of Horus (also found as Figures 5-8 in Facsimile 1) 'could indeed 'represent this earth in its four quarters' in the ancient world, as the explanation to the facsimile in the Book of Abraham says.' As far as ancient Egypt was concerned, there is no evidence currently available to support this claim. There is only one context in which the sons of Horus are associated with the cardinal directions, i.e., the 'earth in its four quarters.' They were sent out, in the form of birds, as heralds of the king's coronation. In this setting, Duamutef (Facs. 1, Fig. 6) went to the East, Qebehsenuef (Facs. 1, Fig. 5) to the West, Amset (Facs. 1, Fig. 8) to the South, and Hapi (Facs. 1, Fig. 7) to the North. I must emphasize that it is only in this context, and in the form of birds, that these gods were associated with the cardinal points. In a funerary context no such relationship is evident. Furthermore, the fact that these gods were sent to the four quarters of the earth does not mean that the Egyptians equated them with these directions. There is no evidence that they did so." — Stephen E. Thompson, "Egyptology and the Book of Abraham", Dialogue: A Journal of Mormon Thought, Spring 1995, p. 152
14. Michael D. Rhodes, Brigham Young University Studies, Spring 1977, p. 265
15. Richard A. Parker, prof. Egyptology, Brown University, Dialog: A Journal of Mormon Thought, Summer 1968, p. 68
16. Michael D. Rhodes, Brigham Young University Studies, Spring 1977, p. 265

17. Michael D. Rhodes, Brigham Young University Studies, Spring 1977, p. 265
18. Michael D. Rhodes, Brigham Young University Studies, Spring 1977, p. 265
19. Michael D. Rhodes, Brigham Young University Studies, Spring 1977, p. 265


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