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sábado, 15 de janeiro de 2011

DOUTRINA SUD - o profeta fala em nome de Deus?

Na Liahona de Novembro (Conferência Geral de Outubro de 2010), na página 12, há um discurso do Élder Claudio R. M. Costa referindo-se a um antigo discurso do Presidente Ezra Taft Benson, e ele diz:

"O profeta não precisa dizer 'Assim diz o Senhor' para nos dar uma escritura".


Quando um profeta fala, seu conselho é visto como vindo de Deus. Podemos encontrar o seguinte em Doutrina e Convênios 21:4-6:

“Portando vós, ou seja, a igreja, dareis ouvidos a todas as palavras e mandamentos que ele vos transmitir à medida que ele os receber, andando em toda a santidade diante de mim; Pois suas palavras recebereis com de minha própria boca, com toda  paciência e fé. Porque, assim fazendo, as portas do inferno não prevalecerão contra vós; sim, e o Senhor Deus afastará de vós os poderes das trevas e fará tremerem os céus para o vosso bem e para a glória de seu nome”.(grifo nosso)


Ainda, no site da igreja SUD, no guia de estudos das escrituras, lemos o seguinte:

Na Igreja do Senhor os membros que formam a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos são profetas, videntes e reveladores para a Igreja e para o mundo. O Presidente da Igreja é a única pessoa, entre todos eles, autorizada pelo Senhor a receber revelação para a Igreja (DeC 28:2–7)
É exatamente o que está na figura abaixo:



Wilford Woodruff, o quarto Presidente da Igreja, relatou: 

“Quero contar o que aconteceu em uma certa reunião a que assisti na cidade de Kirtland na minha juventude. Naquela reunião foram ditas certas coisas (...) a respeito dos oráculos vivos e da palavra escrita de Deus. (...) Um líder da Igreja se levantou e falou a respeito do assunto, dizendo:

" 'Bíblia, no Livro de Mórmon e em Doutrina e Convênios; vocês têm a palavra de Deus, e vocês que dão revelações devem dá-las de acordo com esses livros, porque neles está escrita a palavra de Deus. Devemos restringir-nos a eles’.

"Quando ele terminou, o irmão Joseph virou-se para o irmão Brigham Young e disse:

" ‘Irmão Brigham, quero que você suba ao púlpito e nos diga qual é o seu ponto de vista referente aos oráculos vivos e a palavra escrita de Deus’.

O irmão Brigham foi até o púlpito, pegou a Bíblia e a colocou na sua frente; pegou o Livro de Mórmon e o colocou na sua frente; pegou o livro de Doutrina e Convênios e o colocou na sua frente, então disse:

" ‘Aqui está a palavra escrita de Deus para nós, referente à obra de Deus desde o princípio do mundo, quase, até nossos dias’, disse ele. ‘Mas quando comparados aos [oráculos] vivos, esses livros nada  significam para mim; esses livros não transmitem a palavra de Deus diretamente para nós, como as palavras de um Profeta ou de um homem que possui o Santo Sacerdócio em nossos dias e em nossa geração. Prefiro ter os oráculos vivos a ter todos os escritos dos livros’.

"Esse foi o rumo que tomou o seu discurso. Quando terminou, o irmão Joseph disse para a congregação:

" ‘O irmão Brigham disse-lhes a palavra do Senhor e disse-lhes a verdade’.”(Wilford Woodruff, Conference Report, outubro de 1897, pp. 22–23; pontuação modernizada; divisão de parágrafos alterada).

Aparentemente contradizendo estes ensiamentos, lemos em uma publicação da FAIR:

"Um profeta não é sempre um Profeta"


Na data de 08 de fevereiro de 1843, Joseph Smith escreveu:


" '[Eu] conversei com um irmão e uma irmã de Michigan, que pensavam que um profeta é sempre um profeta, mas eu disse a eles que um profeta era um profeta só quando ele estava agindo como tal.' (History of the Church 5:265). (grifo nosso)


"Os profetas são, afinal, seres humanos. O fato de que eles falam de Deus na ocasião não remove o seu arbítrio. Como todos nós, os profetas têm opiniões. Às vezes, essas opiniões são claramente erradas, como fez Paulo em sua primeira epístola aos Coríntios (1 Coríntios 7:10, 12, 25, 40).


"Joseph Smith ocasionalmente usava expressões tais como 'este é o meu conselho' (History of the Church 1:455) ou 'Eu, portanto, estou advertindo'. (Nauvoo Neighbor, 19 de junho de 1844)."

Afinal, quando um profera estaria agindo como um profeta?

Durante um discurso em uma Conferência Geral, ele estaria dando apenas sua opinião pessoal? Quando um dos Doze estiver escrevendo um livro sobre as doutrinas da igreja, ele estaria apenas dando sua opinião pessoal?

Certamente não! Nesses momentos, eles estão exercendo suas funções de líderes da igreja SUD, e portanto, o que falam para os membros ou o que escrevem e que servirá como meio de divulgação de conhecimento não pode ser considerado "opinião pessoal"!


Porém, alguns membros se recusam a aceitar tais fatos. Aceitam somente:


I. Aceitamos as obras padrão como medida ou balança pela qual aferimos a doutrina de todo homem.” DS 3:206-206

II. Os livros, explicações, pontos de vista e teorias, embora vindos dos mais sábios e melhores homens, membros da igreja ou não, não se comparam as obras padrão. Mormom Doctrine p. 765 

- Perceba que, apesar de usar as obras-padrão como ouro de referência, inclusive o que contém Doutrina e Convênios 21:4-6, a citação acima foi extraída de um livro que atualmente foi retirado de circulação pela própria igreja SUD!

III. O presidente da igreja é o único homem na terra, autorizado por Deus, para ir além das escrituras e ampliá-las.

- Mas lembremos que, eventualmente, o Quórum dos Doze pode fazê-lo, pois também são profetas da igreja.

IV. Não se deve pensar que tudo o que é falado pelas autoridades gerais seja inspirado, ou que eles são movidos pelo espírito santo em tudo que dizem e escrevem. 

- Porém, se eles não estão inspirados quando se dirigem aos SUDs em discursos ou em livros e em revistas, em nome da igreja, para serem distribuídos, como podem ter credibilidade?

V. Não importa qual seja a posição ocupada por uma autoridade geral, se disser ou escrever algo que exceda o que pode ser encontrado nas obras padrão, a menos que seja profeta, vidente e revelador vocês poderão dizer: ‘bem esta é a idéia pessoa dele’. 

- Fica ainda a questão: doutrinas ensinadas por profetas, quando discursando para os membros da igreja, foram tidas apenas como "idéias pessoais".

Lembremos de uma das doutrinas abolidas pela igreja, a do Deus-Adão, entre outras (Deus, o pai carnal de Jesus Cristo, Deus e Jesus Cristo polígamos, a marca de Caim):

Brigham Young, apesar de ensiná-la constantemente, obteve certa oposição. Portanto, em 1873, ele declarou:

“Quanta descrença existe na mente dos santos dos últimos dias em relação à uma doutrina particular que eu revelei à eles, e que Deus ma revelou – declarando que Adão é nosso Pai e Deus”. (Brigham Young Deseret News, June 18, 1873.)

Em 1870, ele alegou que:

"Nunca preguei um sermão e mandei-o para os filhos dos homens, que eles não pudessem chamar de Escritura. Permitam-me o privilégio de corrigir um sermão, e ele é uma escritura tão boa quanto eles merecem". (Brigham Young, Journal of Discourses vol.13, p. 95.)

Mesmo com essas declarações claras de que ele estava falando em nome de Deus e, portanto, era uma expansão da doutrina, a igreja descaradamente rejeitou tais "revelações embaraçosas". Em 1897, Joseph F. Smith, então conselheiro na Primeira Presidência, escreveu:

“A doutrina jamais foi submetida aos conselhos do sacerdócio, nem à igreja para aprovação ou ratificação, e nunca foi formalmente ou não aceita pela igreja. Portanto, não está, em nenhum sentido, ligada à Igreja. A ‘simples menção’ de Brigham Young ‘sem nenhuma evidência e autoridade foi dada como verdade’. Apenas as Escrituras, a  ‘aceita palavra de Deus’ é o padrão da Igreja”. (Joseph F. Smith, Letter to A. Saxey, 7 de janeiro de 1897, HDC).
Agora ficou claro quando o profeta mórmon fala em nome de Deus?

 

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