USANDO A PEDRA DO VIDENTE
É interessante que no início da história SUD, as Pedras de Vidente eram usadas principalmente, mas não exclusivamente por Joseph Smith para receber revelações de Deus.
Outros mórmons como Hiram Page, David Whitmer e Jacob Whitmer também possuíam pedras do vidente. [1]
Um contemporâneo recordou que, em Kirtland,
"os élderes mórmons e as mulheres, muitas vezes, procuravam no leito do rio pedras com buracos feitos pela areia: uma pedra do vidente." [2].
James J. Strang, que alegou ser o sucessor de Joseph Smith, também traduziu antigas placas de metal usando pedras do vidente (veja AQUI).
As 8 testemunhas do LdM |
A natureza crédula de muitos membros da igreja é aparente em sua facilidade ao acreditarem em alguém que diz receber revelações através de uma Pedra de Vidente. Exatamente como aconteceu com Joseph Smith.
Em setembro de 1830, Joseph e Emma Smith mudaram-se de Harmony, Pensilvânia, para Fayette, Nova York. Quando chegaram, descobriram que alguns santos também haviam recebido revelações.
No livro História da Igreja, temos a citação de Joseph Smith:
“Para nossa grande aflição, (...) logo descobrimos que Satanás estava à espreita para enganar, procurando alguém para destruir.
"Quando uma reunião de conferência foi marcada para o dia 26 de setembro, achei sábio não fazer muito além de conversar com os irmãos a respeito do assunto, até que a conferência se reunisse. [3]
"Descobrindo, porém, que muitos, particularmente a família Whitmer e Oliver Cowdery, estavam acreditando em muitas das coisas reveladas por aquela pedra, achei melhor perguntar ao Senhor a respeito de um assunto tão importante; e antes que [a] conferência fosse realizada, recebemos o seguinte:
Assim, Joseph Smith recebe uma "revelação de Deus", extremamente oportuna para controlar a situação e colocar Hiram Page em seu devido lugar:
" 'Revelação para Oliver Cowdery, dada em Fayette, Nova York, em setembro de 1830. Será designado para receber mandamentos e revelações nesta igreja, a não ser meu servo Joseph Smith Júnior porque ele as recebe como Moisés. E tu serás obediente às coisas que eu lhe der. (...)
" 'E não darás ordens àquele que está acima de ti e à frente da igreja; pois dei a ele as chaves dos mistérios e as revelações que estão seladas, até que lhes designe outro em seu lugar. (...)
" 'E também, deverás procurar teu irmão Hiram Page, em particular, e dizer-lhe que as coisas que ele escreveu por meio daquela pedra não procedem de mim; e que Satanás o iludiu; pois eis que essas coisas não lhe foram designadas e a ninguém desta igreja será designada qualquer coisa contrária aos convênios da igreja. (DeC 28:11-12)
" 'Pois todas as coisas na igreja devem ser feitas em ordem e de comum acordo e pela oração da fé.' [DeC 28:2–3, 6–7, 11–13]. (...)
Após Smith anunciar que estas revelações eram do diabo, Page concordou em descartar a pedra que, de acordo com um contemporâneo, foi "esmagada a pó e os escritos queimados." (DeC 28:11).
Emer Harris, um irmão de Martin Harris, disse que a pedra negra de Page foi "Quebrada até virar pó." [4].
De acordo com Richard Bushman, Smith
Após isso, a Igreja afirmou que apenas Joseph Smith poderia "receber e escrever revelações e mandamentos" para toda a congregação. [5]
De acordo com Richard Bushman, Smith
"reconheceu o perigo das revelações concorrentes. Percebeu que cada novo visionário poderia tirar pedaços da Igreja".
Após isso, a Igreja afirmou que apenas Joseph Smith poderia "receber e escrever revelações e mandamentos" para toda a congregação. [5]
Um problema longo e irritante para as autoridades da igreja foi o “menino profeta” James Collins Brewster. Quando ele tinha 11 anos, afirmou ter recebido o "Livro de Moroni" por revelação.
Vários membros da sua família e outros irmãos da igreja seguiram-no devido às suas crenças nessas revelações.
Cinco anos depois, em 1842, Brewster ainda recebia revelações e fazia o mesmo que Smith, em sua adolescência – caça ao tesouro.
Entretanto, a igreja chamou-o de embusteiro no seguinte aviso publicado no jornal:
Vários membros da sua família e outros irmãos da igreja seguiram-no devido às suas crenças nessas revelações.
Cinco anos depois, em 1842, Brewster ainda recebia revelações e fazia o mesmo que Smith, em sua adolescência – caça ao tesouro.
Entretanto, a igreja chamou-o de embusteiro no seguinte aviso publicado no jornal:
“Ultimamente temos visto um panfleto escrito e publicado por James C. Brewster, pretendendo ser este um dos livros perdidos de Esdras, e ter sido escrito pelo dom e poder de Deus. Consideramos que este é um embuste perfeito, e não seria notado se não tivesse sido assiduamente divulgado em vários ramos da igreja.
"Brewster disse que este é um [livro] menor, mas tem professado por vários anos ter o dom de ver através, ou em uma pedra. Acredita-se que ele descobriu dinheiro escondido na terra de Kirtland, Ohio.
"Seu pai e alguns dos nossos fracos irmãos, que talvez tenham tido alguma crença nas histórias ridículas que são propagados em relação à Joseph Smith, sobre a escavação de dinheiro, ajudaram-no [Brewster] em seus planos tolos, e por isso foram dispensados pela igreja.” [6]
Na Grã-Bretanha, em 1841, o mórmon devoto William Mountford afirmava evocar imagens em seus cristais. O líder da igreja local, Alfred Cordon, fez um registro detalhado das circunstâncias, incluindo as citações de Mountford:
"Este irmão Mountford tinha em sua posse vários Vidros ou Cristais, como ele mesmo dizia: são aproximadamente do tamanho de um ovo de gansa e retos em uma extremidade. Ele também tinha uma longa lista de oradores que ele usou. Os oradores estavam sob certos Espíritos, que ele disse que estavam no ar."
Então, cita Mountford:
"Quando eu oro para eles em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, qualquer coisa que eu quero, vejo no cristal."
Cordon, em seguida, descreveu como Mountford adivinhara o futuro de uma jovem:
"Ele trouxe os seus Cristais e orou a um certo espírito [---] então ela deveria olhar no Cristal e ela veria o jovem que se tornaria seu marido". [7]
Em dezembro de 1835, o Bispo Edward Partridge estava visitando Kirtland, Missouri, quando ele encontrou a filha de John Thorp. Esta moça tinha sua própria pedra e era conhecida como vidente. Ele descreve as circunstâncias:
"Ela me disse que viu uma pedra de vidente para mim. Era uma pequena pedra azul, com um furo no canto, que estava a 6 ou 8 pés sob o solo". [8]
O colono SUD Priddy Meeks descreveu em seu diário sobre a proliferação de pedras do vidente na cidade Parowan, ao sul de Utah. Ele disse que
"... mantive as pedras de vidente sob meu controle imediato".
Ele descreveu um filho adotivo que vivia em sua casa com o nome de William Titt:
"... nasceu um vidente natural. Ele foi o melhor a usar a Pedra do Vidente que eu já conheci."
Ele ainda expõe em seu diário que Titt:
"Fez um grande negócio para encontrar objetos perdidos e dizer às pessoas como seus camaradas estavam se dando bem, mesmo na Inglaterra." "Ele satisfazia-os, pois ele conseguia ver corretamente, descrevendo as coisas corretamente".[9]
Christian Anderson, um ex-conselheiro da estaca e então conselheiro do bispado de Fillmore, vereador, juiz de paz e registrador da cidade de Fillmore, escreveu em 1890 que:
Três anos depois, essa mesma irmã Russell (Sophia Romriell Russell), foi sancionada pelas autoridades eclesiásticas. Olhar o futuro era uma responsabilidade do sacerdócio.
Assim apenas os homens foram autorizados a fazê-lo.
James E. Talmage e o presidente da estaca de Salt Lake, Angus M. Cannon, visitaram-na em fevereiro de 1893.
Talmage escreveu que ela:
Assim apenas os homens foram autorizados a fazê-lo.
James E. Talmage |
James E. Talmage e o presidente da estaca de Salt Lake, Angus M. Cannon, visitaram-na em fevereiro de 1893.
Talmage escreveu que ela:
"... afirma seguir a igreja, e também confirma a sua capacidade e direito de discernir as grandes coisas com as pedras do vidente em sua posse."
Cannon "... lembrou-a que ela estava agindo em desafio ao Sacerdócio, pois o Alto Conselho que a havia julgado, proibiu que ela usasse a pedra para tais propósitos ocultos, exceto se ela fosse dirigida pelo Sacerdócio." [11]
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Fontes
1 - Jessee, Papers of Joseph Smith, 1: 322-23; D. Michael Quinn, Early Mormonism and the Magic World View (Salt Lake City: Signature, 1998), 239-40, 247-48
2 - Citado em D. Michael Quinn, Early Mormonism and the Magic World View (Salt Lake City: Signature Books, 1998), 248.
3- History of the Church, vol. 1, p. 109-110
4- Citado em D. Michael Quinn, Early Mormonism and the Magic World View (Salt Lake City: Signature Books, 1998), 248
5- Bushman, Joseph Smith: Rough Rolling Stone, 120-21.
6- Times and Seasons, vol.4, no.2, p.32
7- Alfred Cordon diary, 151-152 (27 Mar 1841) LDS Archives
8 - The Journal of Bishop Edward Partridge, 1818, 1835-1836,transcribed by Lyman De Platt, a great-great-great grandson, 34 (27 Dec, 1835), LDS Archives
9 - Diário de Priddy Meeks, 200
10 - The Personal Journal of Christian Anderson, Book IV,56. Book V, 20, copy in LDS Church Library
11- James E. Talmage 1892-93 diary, 182) .
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